Meirelles, Geddel, Serra e Padilha estão na lista de Michel Temer
Vice-presidente não confirma ninguém, mas admite que está fazendo “sondagens”
atualizado
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Apostando como certo o afastamento da presidente Dilma Rousseff (PT), o vice Michel Temer (PMDB) dedica a maior parte de seu tempo à montagem do seu ministério. Sem querer confirmar qualquer nome, o peemedebista admite, no entanto, que tem conversado muito e feito “sondagens”. Em entrevista ao jornal O Globo, nesta terça-feira (26/4), ele confirmou que ficou “muito bem impressionado” com a conversa que teve com o ex-presidente do Banco Central, Henrique Meirelles. O senador Jose Serra (PSDB) também foi sondado.
Outros nomes que podem integrar o primeiro escalão num eventual governo do peemedebista são Eliseu Padilha, Geddel Vieira e o advogado Mariz de Oliveira.“Eu me encontro numa situação muito difícil. Não posso, em respeito ao Senado, tratar da formação de um eventual governo, mas tenho que estar preparado para, conforme o rito, assumir o governo no dia seguinte, caso a decisão seja pelo afastamento temporário da senhora presidente da República. Diante dessa realidade, claro que sou obrigado a realizar sondagens. Mas não tenho assumido compromissos com ninguém”, disse o vice ao O Globo.
Sobre Serra, Temer destacou na entrevista que “é um homem que cabe em qualquer cargo de governo”. Reconheceu, no entanto, que a indicação vai depender da decisão do PSDB de aceitar o não fazer parte de um governo de coalizão. O vice-presidente deu a entender que Serra poderia assumir uma pasta da área social, como a Educação.
Outros nomes
Em relação ao delicado Ministério da Justiça, o vice confirmou ter uma forte tendência a indicar o advogado Mariz de Oliveira, homem de sua estreita confiança.
Temer disse, ainda, que se tiver que assumir, pretende ter no máximo 25 ministros. “Se puder, terei até um pouco menos”. Os nomes de Geddel Vieira e Eliseu Padilha surgiram porque os dois aguardavam uma reunião com Temer no Palácio do Jaburu.
O vice-presidente não quis adiantar os possíveis cargos deles, mas falou sobre a capacidade gerencial e política de cada um. Devido à insistência, acabou admitindo que Eliseu Padilha poderia ocupar a Casa Civil: “O estilo do Padilha é parecido ao de Pedro Parente, no governo Fernando Henrique”.
Questionado sobre quem comandaria a articulação política, Temer exemplificou: “O Geddel, que se dá bem com todo mundo no Congresso, poderia exercer esse papel. Mas é algo que não está decidido ainda. (Com informações de O Globo)