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Manifestantes planejam atos simbólicos nesta segunda (29/8) no Senado

Cansaço, falta de patrocínio e um desfecho de votação praticamente concretizado são as justificativas dadas por grupos contra e pró-impeachment para a baixa participação popular durante os primeiros dias de julgamento. A partir desta segunda (29/8), entretanto, tudo pode mudar

atualizado

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1 de 1 impeachment - Foto: Michael Melo/Metrópoles

A calmaria nas ruas que marcou os primeiros dias de julgamento da presidente afastada Dilma Rousseff deverá ser quebrada nesta segunda-feira (29/8) por grupos pró e contra impeachment: estão marcados ao longo do dia protestos das duas frentes. A expectativa, no entanto, é de que as manifestações sejam bem mais acanhadas do que as que ocorreram em etapas anteriores do processo.

A Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal estima que a Esplanada dos Ministérios reúna, no máximo, 60 mil pessoas a partir desta segunda, menos do que foi registrado em 17 de abril, quando a Câmara autorizou a abertura do processo do impeachment. Naquele dia, havia cerca de 90 mil pessoas.

Cansaço, falta de patrocínio e um desfecho de votação praticamente concretizado são as justificativas dadas por grupos contra e pró-impeachment para a baixa participação popular durante os primeiros dias de julgamento, no Senado Federal.

Diante da pouca movimentação, grupos que apoiam a petista ajustaram ao longo da semana os planos sobre como seriam as manifestações nesta segunda. Defensores da presidente afastada começam a chegar na Esplanada para um ato (foto de destaque) de apoio antes de Dilma sair do Palácio do Alvorada para o Senado, quando será ouvida por parlamentares. A estratégia agora será fazer um ato simbólico apenas em frente do Congresso. Flores serão arremessadas em direção ao Senado.

“Não é todo dia que uma mulher tem coragem de ir ao Senado enfrentar um público composto majoritariamente de homens brancos, ricos e comprometidos”, disse Carmem Foro, integrante da CUT e representante do grupo contra o impeachment.

 

A servidora pública Flávia Rodrigues, de 43 anos, trouxe uma grande flor de papel para a presidente afastada. “Sou membro do coletivo Rosas pela Democracia. Essas flores mostram que estamos com a presidente, porque ela representa a manutenção do estado de direito democrático”, afirmou. Desde as 7h30, os manifestantes dançam e entoam versos da música “Apesar de você”, de Chico Buarque – que já se declarou contra o impeachment de Dilma e vai acompanhá-la ao Senado.

Reprodução/Facebook
Chico Buarque e Lula vão ao Senado apoiar Dilma

 

Os protestos devem aumentar a partir das 16h, quando manifestantes saem em caminhada pela Esplanada dos Ministérios. Carmem reconhece serem poucas as chances de o Senado decidir pelo retorno de Dilma à presidência. A ideia agora não é tentar uma mudança de rumo, mas apenas marcar presença.

Do lado pró-impeachment, a previsão também é de que protestos sejam mais reduzidos do que em etapas anteriores. Na semana passada, foram duas tentativas de manifestação, com poucas adesões. “Não há mais patrocínio”, disse a Beatriz Kicis, representante do grupo pró-impeachment. Ela prevê que a maior manifestação ocorrerá no fim da votação. “Com a vitória do impeachment, que para nós é certa, a expectativa é de que pessoas venham comemorar nas ruas.” (Com informações da Agência Estado)

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