Manifestantes fazem ato contra Lula em frente ao Palácio do Planalto
Os manifestantes também tentaram invadir o Congresso Nacional e foram reprimidos pela Polícia Militar na noite de quarta-feira (16/3)
atualizado
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A recente crise política brasileira chegou ao ponto mais alto na noite de quarta-feira (16/3), e tudo indica que deve prosseguir nos próximos dias. Após a divulgação de conversas entre a presidente Dilma Rousseff e o atual ministro da Casa Civil, Luiz Inácio Lula da Silva, cerca de 5,5 mil manifestantes se concentraram em frente ao Palácio do Planalto para pedir a renúncia do governo.
No fim do protesto, um grupo de manifestantes que saíam do Palácio do Planalto tentou invadir o Congresso Nacional. A polícia, no entanto, impediu o avanço.
As manifestações, que também ocorreram em outras capitais do país, começaram por volta das 17h, uma hora após coletiva de Dilma sobre a nomeação de Lula. No mesmo horário, teve início a concentração de pessoas em frente ao Palácio do Planalto.
Por volta das 20h, o protesto atingiu o pico, com cerca de 5,5 mil pessoas. Aos gritos de “Lula ladrão” e “renuncia já”, os manifestantes mostravam insatisfação.
A poucos metros da Praça dos Três Poderes, as sessões da Câmara dos Deputados e do Senado Federal também reverberaram o descontentamento das ruas. Deputados chegaram a pedir, em coro, a renúncia da presidente Dilma Rousseff.
Os manifestantes carregavam faixas pedindo o impeachment da presidente, bandeiras do Brasil e bonecos do ex-presidente Lula com roupa de presidiário.
Amanhã vai ser maior?
Os manifestantes prometem um ato maior para a manhã desta quinta-feira (17). Durante a posse do ex-presidente Lula no cargo de ministro da Casa Civil, marcada para as 10h, ativistas contra o governo anunciam uma passeata pedindo a renúncia da presidente Dilma.
Tumultos
De modo geral, a manifestação foi tranquila. Poucos conflitos foram registrados. Em um deles, de acordo com informações da PM, os manifestantes levaram até a polícia um homem que teria atirado um rojão na direção do Palácio do Planalto.
Apesar da denúncia, os policias não conseguiram encontrar provas com o suspeito. Ele foi retirado da manifestação, mas não chegou a ser levado para a delegacia.
Em frente ao Congresso Nacional, por volta das 22h, um grupo de pessoas entrou em confronto com a PM. Eles queriam invadir a sede do poder Legislativo. A polícia usou bombas de gás de pimenta para dispersar as pessoas.
No começo da tarde, alguns militantes do Partido dos Trabalhandores (PT) foram à Praça dos Três Poderes. com medo de conflitos, os petistas se retiraram do local orientados pela polícia.
Políticos
Diversos políticos estiveram presentes no protesto. O mais saudado foi o deputado federal Jair Bolsonaro (PSC-RJ), que fez selfies com os manifestantes.
No entanto, o deputado Carlos Marun (PMDB-RS) foi hostilizado pelos manifestantes, que o chamaram de ladrão. Quase houve uma briga entre ele e um manifestante.
O deputado disse que quase bateu num manifestante porque foi chamado de ladrão e afirmou: “Toda manifestação tem estúpidos e burros”. Marun é, atualmente, oposição ao governo Dilma e a favor do impeachment.
Quem também esteve no protesto foi a presidente da Câmara Legislativa do DF, Celina Leão (PPS).