Maioria da população quer nova eleição presidencial, revela pesquisa
Levantamento do Paraná Pesquisas mostra ainda que 52% dos entrevistados desaprovam a gestão de Michel Temer. Apesar do alto índice de rejeição, avaliação melhorou em comparação ao levantamento anterior, de junho
atualizado
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A maioria dos brasileiros deseja a realização de novas eleições presidenciais. Essa é a principal revelação de uma pesquisa feita pelo Instituto Paraná entre os dias 20 e 23 de julho e divulgada nesta segunda-feira (25/7). De acordo com os dados levantados, 62,4% dos brasileiros apoiam um novo pleito para a Presidência da República após o afastamento de Dilma Rousseff (PT) e a consequente interinidade de Michel Temer (PMDB) no cargo mais alto do país.
A permanência do peemedebista no posto, porém, é mais desejada pela população do que um eventual retorno da petista. Um total de 23,8% dos brasileiros defende que Temer continue no cargo, enquanto 11,1% querem a volta de Dilma. Do total de entrevistados, 2,7% não souberam ou não quiseram responder à questão.“Isso revela que o povo, se pudesse escolher agora, optaria por novas eleições, apesar do arrefecimento político dessa possibilidade”, avaliou o diretor do Paraná Pesquisas, Murilo Hidalgo.
O levantamento também aponta que a aprovação de Temer é baixa, embora tenha apresentado melhora em relação à pesquisa anterior, feita em junho. No mês passado, 55,4% dos entrevistados desaprovavam a gestão Temer, 36,2% aprovavam e 8,3% não souberam opinar. Agora, 52% desaprovam, 38,9% aprovam e 9,1% não souberam ou não quiseram opinar sobre o assunto.
A mesma sondagem aponta que, para 51,8% dos brasileiros, o início dessa administração corresponde ao esperado. E há um empate técnico quando a avaliação tende tanto para o lado positivo quanto para o negativo: 20,9% acreditam que Temer está se saindo melhor do que o esperado; e 20,8% acham que o desempenho dele está pior.
Economia
Se por um lado emissários do governo vêm destacando, nos últimos dias, sinais de melhora no cenário econômico, a população como um todo ainda não demonstrou ter notado grandes mudanças na sua situação financeira desde o afastamento da presidente Dilma Rousseff. Para 65,9% dos entrevistados, a situação permaneceu como estava. Para 20,7%, ela piorou. Apenas 11,3% avaliam que o cenário está melhor do que antes.
“A avaliação do Temer deu uma melhorada, e isso é um bom sinal para ele. Mas o que mais me chama a atenção é que os entrevistados avaliam que a situação financeira piorou, o que é um sinal de alerta. O que manda no eleitor brasileiro é o bolso”, avaliou Hidalgo. “Mas a real noção da avaliação de Temer só teremos 60 dias após a aprovação do impeachment”, destacou.
A pesquisa entrevistou 2.020 pessoas maiores de 16 anos em 158 municípios, divididos em 24 estados do país e Distrito Federal. De acordo com o instituto, a margem de erro é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos, e o grau de confiança é de 95% — isso quer dizer que, se essa mesma pesquisa fosse realizada 100 vezes, em 95 delas o resultado seria o mesmo.
A pesquisa do Instituto Paraná Pesquisas foi registrada no Conselho Regional de Estatística, da 1ª, 2ª, 3ª, 5ª e 6ª Região sob o número 3122/16 e é filiada à Associação Brasileira de Empresas de Pesquisa – Abep – desde 2003.