Maia diz que vai sugerir a data de segunda-feira para votar denúncia
Caso não haja consenso, a votação em plenário seria agendada somente para a primeira semana de agosto
atualizado
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O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), vai reunir ainda nesta quinta-feira (13/7) os líderes da Casa para definir a data da votação da denúncia apresentada contra o presidente Michel Temer. Segundo ele, se houver consenso, a votação poderá acontecer na segunda-feira (17). Caso contrário, ela seria agendada somente para a primeira semana de agosto.
“Espero que a gente consiga organizar a data de segunda para a votação, se tiver o apoio da maioria dos líderes, a gente marca a votação para segunda-feira. Se não tiver apoio da maioria dos líderes, nós deixamos votação para depois do recesso, na primeira semana de agosto”, disse.
Nos últimos dias, Maia tem sido pressionado para mudar essa exigência e dar início à votação com um quórum menor, de 257 deputados. Diante da intransigência do presidente da Câmara, que sustenta a sua decisão com base em pareces técnicos da secretaria-geral da Mesa Diretora, a base aliada já começou a admitir que a votação poderia acontecer somente em agosto.
Pelo cronograma idealizado pelo Palácio do Planalto, a votação ocorreria já nesta sexta-feira, 14. A pressa do governo é para evitar que novos fatos mudem o humor da Câmara, já que hoje a tendência é pela derrubada da denúncia.
Apesar disso, o governo não tem hoje o número regimental de 342 deputados exigido para dar início à votação. Para isso, precisaria que os deputados da oposição também comparecessem à sessão, mas eles já anunciaram que vão obstruir a votação.
Diante do revés, líderes da base passaram a minimizar o fato de a votação ficar para agosto. Segundo o líder do governo na Câmara, Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), enquanto a denúncia não é votada, Temer continua no Planalto. “Quem tem que dar quórum é quem quer tirar o presidente”, disse.