Lula recorre ao STF para impedir que força-tarefa da Lava Jato investigue sítio e triplex
Segundo a defesa do ex-presidente, as apurações deveriam ser conduzida somente pelo Ministério Público de São Paulo (MP-SP)
atualizado
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Os advogados do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva protocolaram um recurso — conhecido como agravo regimental — contra a decisão da ministra Rosa Weber, do Supremo Tribunal Federal (STF), que permite que as investigações sobre o ex-presidente sejam conduzidas pelo Ministério Público de São Paulo (MP-SP) e pelo Ministério Público Federal (MPF)
Na ação protocolada no STF, o ex-presidente defende que as investigações relativas ao tríplex no Guarujá (SP) e no sítio de Atibaia (SP) devem ser conduzidas por um Ministério Público regional – tirando de cena, assim, a força-tarefa da Lava Jato, ligada ao MPF.
Em nota divulgada no site do Instituto Lula, os advogados do ex-presidente, Roberto Teixeira e Cristiano Zanin Martins, explicam os motivos que os levaram a entrar com o recurso.
Para eles, “não pode existir atribuição presumida do MPF do Paraná/’Força-Tarefa Lava Jato’ ou competência presumida da 13ª Vara Federal Criminal de Curitiba apenas pelo fato de as investigações relativas a tais imóveis poderem envolver pessoas que foram investigadas ou são rés no âmbito da chamada ‘Operação Lava Jato'”.
Por fim, Teixeira e Martins negam qualquer relação entre os imóveis e a operação Lava Jato. “Mesmo que por absurdo fosse possível estabelecer qualquer relação entre tais imóveis e qualquer suposto desvio no âmbito da Petrobras — e sobre isso não foi apontado nenhum elemento concreto investigação, segundo a jurisprudência pacífica do STF, deveria ocorrer no âmbito estadual”, argumentam.
Informações
Segundo informações do G1, a defesa do ex-presidente também pediu ao juiz Sérgio Moro a lista de todos os processos em nome de Lula que correm na 13ª Vara Criminal de Curitiba.