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Kelly Bolsonaro é expulsa do Planalto após se manifestar em evento

Ela vestia uma camiseta com os dizeres: “Impeachment é democracia”

atualizado

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Kelly Bolsonaro
1 de 1 Kelly Bolsonaro - Foto: Michael Melo/Metrópoles

A Presidente Dilma Rousseff recebeu, no Palácio do Planalto, nesta quinta-feira (7/4), mulheres representantes da Marcha das Margaridas e da Central Única de Trabalhadoras (CUT) para o “Encontro com Mulheres em Defesa da Democracia”. Durante o ato, a manifestante Kelly Cristina, mais conhecida como Kelly Bolsonaro, foi expulsa do Palácio.

Ela vestia uma camiseta escrita: “Impeachment é democracia”. Quando a plateia percebeu a presença dela começaram a gritar: “Golpistas não passarão” e “Fora Bolsonaro”.

“Eu estava ali para exercer meu direito de democracia. Defendi o que 90% do país quer: a saída da Dilma”, contou Kelly em entrevista ao Metrópoles.

Os seguranças a escoltaram para fora. Ela disse ter sido hostilizada pelos presentes e agredida com puxões de cabelo, tapas, murros e empurrões. E também afirmou não ter tido tempo de estender uma faixa com a mesma frase da camiseta.

Eu me sinto violentada e estuprada de certa forma. Me tiraram o direito de me manifestar. Não existe democracia. 

Kelly Bolsonaro

Kelly Bolsonaro já invadiu o campo durante um jogo de futebol no Mané Garrincha, ela interrompeu o clássico entre Flamengo e Fluminense com uma placa que dizia: “Fora Dilma”.

Quando a presidente foi à Câmara dos Deputados, em fevereiro, participar da abertura do ano Legislativo, ela causou tumulto ao gritar palavras contra a presidente no Salão Verde da Casa. No ano passado, ela fez parte do grupo pró-impeachment que ficou algemado no Congresso.

Michael Melo
Kelly Bolsonaro rodeada pela imprensa e por seguranças

 

Cerimônia
Durante o evento, a presidente Dilma Rousseff defendeu seu mandato mais uma vez, classificou como golpe o processo de impeachment e os vazamentos “premeditados e direcionados com objetivo para criar ambiente propício ao golpe”.

A presidente destacou ainda que “poderemos ter nos próximos dias muitos vazamentos oportunistas e seletivos”. Ela disse ter determinado ao ministro da Justiça, Eugênio Aragão, uma rigorosa apuração de responsabilidade. “Bem como tomar medidas judiciais cabíveis”, disse.

Segundo a presidente, o que está em questão não é o apoio ao seu governo, mas à democracia e ao Estado de Direito, além do apoio às mulheres. “Aqueles que tentam promover um golpe de Estado devem saber que são imensos os riscos a que submeterão o País”, disse.

Dilma defendeu seu mandato através de um pacto, desde que sejam respeitados o respeito ao voto, o fim das pautas bombas no Congresso Nacional, recuperação econômica e direitos conquistados, além da “necessária reforma política”. A presidente afirmou que essas pautas não contribuem para País. “Esse é o pacto que eu busco, trabalhar para superar a crise e voltar a crescer para entregar ao meu sucessor um Brasil muito melhor em 1º de janeiro de 2019”, disse.

Michael Melo/Metrópoles

Dilma disse mais uma vez que não cometeu crime de responsabilidade e afirmou que “aqueles que tentam promover um golpe” têm clareza da fragilidade do processo e defendem que eu renuncie ou apresentam outras soluções.

A presidente chamou a atenção do cerimonial do Palácio do Planalto, que pediu calma aos presentes, que gritavam durante discursos dos presentes.

Eu vou pedir para os nossos companheiros do protocolo que eles fiquem muito calmos

Dilma Rousseff

Dilma recebeu manifestos das mulheres em favor da democracia. Desta vez, o grito dos militantes dizia “não vai ter golpe, vai ter luta” e pedia a saída do presidente da Câmara, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

A presidente cumprimentou os militantes após descer a rampa principal do Palácio do Planalto. Estão presentes cerca de 700 mulheres a favor da manutenção do governo da presidente. Compareceram ainda ao evento a senadora Gleisi roffmann (PT-PR), a ministra do meio ambiente, Isabela Teixeira, a deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ), a presidente da Caixa, Miriam Belchior, e a ministra da Secretaria de Política para as Mulheres, Eleonora Minicucci.

(Com informações da Agência Estado)

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