metropoles.com

Jucá diz que Michel Temer foi decisivo para reeleição de Dilma

Ele lembrou que 42% do PMDB foi contra a formação da chapa com Dilma para a Presidência em 2014, mas a decisão de continuar no governo prevaleceu e Temer foi o indicado para vice

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
974157-02092015-dsc_8441
1 de 1 974157-02092015-dsc_8441 - Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

O presidente nacional do PMDB, senador Romero Jucá (RR), subiu hoje (18) à tribuna do Senado para responder as acusações da presidenta Dilma Rousseff de que o vice-presidente da República, Michel Temer, tem conspirado para tomar o governo e sua posse seria uma forma de eleição indireta.

“Me desculpe a presidente. Não tenho nada contra ela, mas verdades têm de ser ditas. A primeira delas é que a presidente não tem nenhuma condição moral de criticar o vice-presidente Michel Temer, porque, na hora de formar a chapa, ele era o melhor homem do mundo”, disse Jucá no discurso.

Ele lembrou que 42% do PMDB foi contra a formação da chapa com Dilma para a Presidência em 2014, mas a decisão de continuar no governo prevaleceu e Temer foi o indicado para vice. Para o senador, a entrada dele na chapa foi decisiva para que Dilma se reelegesse presidente e, portanto, isso significa que ele terá legitimidade se tomar posse após o impeachment.

“Michel Temer veio para a campanha trazendo o maior partido do Brasil. O PMDB elegeu o maior número de governadores: sete. Será queela teria ganho a eleição se o Michel Temer não fosse o vice na chapa da presidente Dilma? Com 3 milhões de votos de diferença? Com 51 milhões de votos para Aécio Neves e 35 milhões de brasileiros que deixaram de votar? Se nós pegarmos a maioria do povo brasileiro, essa maioria não elegeu a presidente Dilma”, acrescentou.

Ele também criticou a acusação da presidenta de que o Congresso não a deixou governar desde a posse, em 2015, porque atacou o governo com as chamadas pautas-bomba. Segundo Dilma, apenas cinco dos projetos que o Congresso ameaçou aprovar poderiam ter impacto de R$ 140 bilhões. “O Senado não aprovou pauta-bomba. O governo não pode reclamar disso”, afirmou Jucá.

O presidente do PMDB também respondeu à acusação de que o impeachment foi motivado por um plano de vingança do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Dilma alegou que Cunha acatou o pedido porque o PT se recusou a dar três votos a favor dele no Conselho de Ética da Câmara. Para Jucá, isso significaria dizer que “alguém que dá um despacho fosse o dono da verdade ou da vontade da maioria dos congressistas do país”.

Ele fez as contas dos votos na sessão de ontem (17) da Câmara e lembrou que o governo obteve os mesmos 137 votos que conseguiu para o petista Arlindo Chinaglia (PT-SP) no ano passado, na disputa eleitoral para a presidência da Câmara contra Eduardo Cunha e o deputado Julio Delgado (PSB-MG).

“E os votos contra o governo? Foram 367 votos. Os mesmos 267 votos que teve o Cunha, mais os 100 votos do Julio Delgado. Porque eu estou dizendo isso? Para mostrar que, nesse um ano e quatro meses, o governo não teve capacidade de agregar um único deputado à sua base”, concluiu Jucá.

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?