José Dirceu é implicado em nova fase da Operação Lava Jato
O ex-ministro da Casa Civil é acusado de receber cerca de R$ 2,8 milhões em propinas por meio de um contrato com duas empresas fornecedoras de tubulações à Petrobras
atualizado
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O ex-ministro da Casa Civil José Dirceu foi citado mais uma vez na Operação Lava Jato. Agora, ele é acusado de receber cerca de R$ 2,8 milhões em propinas por meio de um contrato com duas empresas fornecedoras de tubulações à Petrobras. Na semana passada, Dirceu foi condenado a 23 anos de prisão por participação em esquemas corruptos na estatal.
Os novos desdobramentos são fruto da 30ª etapa da operação, chamada de Vício, e deflagrada nesta terça-feira (24/5). Nessa fase foram cumpridos 25 mandados de busca e apreensão e nove conduções coercitivas.Houve também a prisão preventiva de Eduardo Aparecido de Meira e Flavio Henrique de Oliveira Macedo, sócios da Credencial Construtora Empreendimento e Representações. A empresa, segundo os investigadores da Polícia Federal, servia como fachada para intermediar o pagamento de propinas.
Os principais alvos são as empresas Confab Industrial e Apolo Tubulars, que chegaram a ter contratos de R$ 5 bilhões com a Petrobras.
Segundo as investigações, por indicação de José Dirceu, a Apolo usou a Credencial, empresa de fachada, para repassar R$ 1,675 milhão em propina à JD Consultoria, de propriedade do ex-ministro em conjunto com o irmão. Um outro repasse feito à empresa de Dirceu no valor de R$ 1,2 milhão ainda é investigado pela PF sob suspeita de pagamento de vantagem indevida. (Com informações da Folha de S. Paulo)