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Henrique Eduardo Alves e Cunha tinham “conta conjunta”, afirma Suíça

Ex-ministro do Turismo, ele era investigado em Berna desde fevereiro de 2016 por lavagem de dinheiro e corrupção passiva

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Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
henrique eduardo alves
1 de 1 henrique eduardo alves - Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

Uma empresa no centro de Genebra, na Suíça, gerenciou uma “conta conjunta” de dois ex-presidentes da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN) e Eduardo Cunha (PMDB-RJ) — que estão presos. O país repassou a procuradores brasileiros detalhes das transações de Alves, há um ano. Ex-ministro do Turismo, ele era investigado em Berna desde fevereiro de 2016 por lavagem de dinheiro e corrupção passiva.

Alves pode ter transferido o dinheiro para contas no Uruguai e Dubai. A defesa de Alves alega que ele usou um escritório de advocacia no Uruguai para abrir a conta bancária em 2008, a Posadas&Vecino. A reportagem visitou o endereço da Posadas&Vecino em Genebra. O local é uma sala alugada em um escritório. A empresa é registrada nas Ilhas Virgens Britânicas.

Em mais um desdobramento da Lava Jato, a Polícia Federal prendeu nesta terça-feira (6/6) Henrique Eduardo Alves. Na ação conjunta, das operações Sepsis e Cui Bono, há também mandado de prisão contra o deputado cassado Eduardo Cunha, que já cumpre pena em penitenciária no Paraná.

O mandado de prisão foi expedido pela Justiça Federal do Rio Grande do Norte e decorre de delações de ex-executivos de empreiteiras. Batizada de Manus, a operação investiga corrupção ativa e passiva e lavagem de dinheiro na construção da Arena das Dunas, em Natal (RN), um dos estádios da Copa do Mundo de 2014. O sobrepreço identificado chega a R$ 77 milhões.

O secretário de Obras Públicas de Natal, Fred Queiroz, também foi preso. Em Mossoró, o publicitário Arturo Arruda, um dos sócios da agência Art&C, foi alvo de mandado de condução coercitiva.

Cerca de 80 policiais federais cumpriram 33 mandados judiciais. Havia cinco mandados de prisão preventiva, seis de condução coercitiva e 22 de busca e apreensão nos estados do Rio Grande do Norte e Paraná.

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