metropoles.com

Governo não tem uma definição para meta fiscal de 2017, diz Meirelles

O ministro da Fazenda ressaltou que o processo legislativo está funcionando. “O país não para por causa de processo de transição de governo”, disse

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
José Cruz/Agência Brasil
henrique meirelles
1 de 1 henrique meirelles - Foto: José Cruz/Agência Brasil

O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, afirmou nesta quinta-feira (30/6), que o governo não tem uma definição prévia para a meta fiscal de 2017, mas afirmou que ela será inferior a R$ 170 bilhões – antes, já havia confirmado que o número certamente será negativo.

Segundo ele, para o estabelecimento da meta de 2017, o governo vai trabalhar com o pressuposto de que a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que estabelece um teto de gastos públicos será aprovada. O ministro ressaltou que o processo legislativo está funcionando. “O país não para por causa de processo de transição de governo”, disse.

Sobre a meta de inflação para 2018, o ministro se recusou a antecipar o número que será consolidado hoje à tarde. “Não temos uma pré-definição da meta de inflação de 2018. A meta de inflação será discutida na reunião do Conselho Monetário Nacional”, disse.

Sobre a reforma da Previdência, Meirelles disse que o grupo de trabalho criado pelo governo está trabalhando intensamente. “Não há preocupação com calendário eleitoral”, afirmou. Ele também disse que ainda não tem medidas prontas para o aumento de produtividade. “Estão sendo estudadas.”

O ministro afirmou ainda que os R$ 2,9 bilhões de subsídio ao Rio de Janeiro para a realização das Olimpíadas serão liberados imediatamente.

Crescimento
Com relação à definição do Banco Central de mirar o centro da meta de inflação em 2017, o ministro desconversou sobre a possibilidade de a taxa básica de juros permanecer alta por mais tempo e a retomada econômica demorar mais a se concretizar. “Compete ao BC definir a estratégia de convergência para a meta de inflação. Essa foi considerada a estratégia mais adequada”, disse.

Auxílio-doença
Na coletiva de imprensa ao lado dos ministros Meirelles (Fazenda) e Eliseu Padilha (Casa Civil), o ministro interino do Planejamento, Dyogo Oliveira, afirmou que o governo vai organizar uma perícia médica em pessoas que recebem auxílio-doença do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) para verificar eventuais fraudes e equívocos nos pagamentos. “Vamos observar uma despesa de R$ 13 bilhões por ano e verificar se ela está adequada”, disse.

Segundo Dyogo, essa espécie de pente-fino é necessária para que sejam identificados possíveis abusos, no entanto, o objetivo do governo de Michel Temer “não é retirar o direito de ninguém”. “É uma ação de governo bem alinhada com as perspectivas de redução de gastos”, afirmou.

O ministro disse ainda que o pente-fino no auxílio-doença será “o primeiro produto deste trabalho iniciado pelo governo”. “Estamos implementando esse tipo de análise não só para esse como para diversos tipos de programa”, disse.

Segundo Dyogo, o trabalho em relação ao auxílio-doença ainda está começando e os beneficiários serão devidamente comunicados caso precisem comparecer a perícias. “Não há necessidade de ninguém procurar o INSS, nem fazer esse movimento. As pessoas serão devidamente comunicadas”, afirmou.

Reajuste de servidores
Questionado se não seria uma contradição o governo conceder reajuste salarial aos servidores públicos enquanto recursos da Saúde e Educação são limitados, Dyogo discordou. Segundo ele, é preciso lembrar que os projetos de reajuste já estavam há bastante tempo no Congresso, foram fruto de negociação e são aumentos inferiores à inflação. Para ele, a área social estará preservada. “Você não pode requerer apenas aos servidores públicos que eles arquem com todo o ajuste fiscal”, disse.

Já Meirelles ressaltou que os aumentos concedidos ao funcionalismo estão em linha com a PEC que estabelece um teto para os gastos públicos. “É compromisso deste governo e nosso propósito é que é que seja aprovada pelo Congresso e seja cumprida”, disse.

Compartilhar notícia

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?