Gilmar Mendes suspende coleta de provas de investigação de Aécio Neves
O próprio ministro havia determinado a abertura do inquérito na quarta (11/5). Defesa do senador alega que a investigação já foi arquivada
atualizado
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O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, suspendeu há pouco a coleta de provas de investigação do senador Aécio Neves (PSDB-MG). O tucano é suspeito de receber propina do ex-diretor de Furnas, Dimas Toledo, em um esquema de desvio de recursos na estatal semelhante ao investigado pela Lava Jato.
Gilmar Mendes mandou ainda o inquérito de volta ao procurador-geral da República, Rodrigo Janot, para reavaliação. Nesta quarta-feira (11/5), o próprio Gilmar havia determinado a abertura do inquérito sobre Aécio. A defesa do peessedebista afirma que uma investigação já havia sido arquivada pelo ministro Teori Zavascki, relator da Lava Jato, por se basear apenas em declarações do doleiro Alberto Youssef.“A petição do parlamentar pode demonstrar que a retomada das investigações ocorreu sem que haja novas provas, em violação ao art. 18 do CPP e à Súmula 524 do STF”, afirma o ministro. Na manifestação de defesa enviada por Aécio a Gilmar, o senador afirma que o Tribunal de Contas da União realizou auditoria nos contratos de terceirização da companhia e não constatou indícios de desvio.
Em outra linha da investigação, está a suspeita de que recursos ilícitos oriundos do esquema fossem lavados no exterior por meio de uma empresa ligada à irmã de Aécio, bem como pelo envio de valores a conta em Lichtenstein, utilizando o serviço de doleiros.
A defesa de Aécio alega que essa empresa foi aberta em 1993 e encerrou suas atividades em 1999, e não em 2010, o que faz com que a empresa estivesse fora de atividade na época em que Aécio é acusado de participar do esquema de Furnas.
Com informações da Agência Estado