Ex-ministro Geddel Vieira Lima vai para prisão domiciliar
O peemedebista havia sido preso em 3 de julho por ordem do juiz Vallisney Oliveira
atualizado
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O ex-ministro Geddel Vieira Lima (Governo Michel Temer) foi colocado em prisão domiciliar por determinação do desembargador Ney Bello, do Tribunal Regional Federal da 1ª Região. O peemedebista havia sido preso em 3 de julho por ordem do juiz Vallisney Oliveira, da 10ª Vara Federal, de Brasília, sob acusação de pressionar a mulher do doleiro Lucio Funaro – preso na Operação Sépsis, há um ano – a não fazer delação premiada.
Em depoimento prestado na última sexta-feira (7) Raquel Pitta, mulher do corretor Lúcio Bolonha Funaro, confirmou à Polícia Federal ter recebido ligações telefônicas do ex-ministro Geddel Vieira Lima nas quais teria sido “pressionada”. A suposta pressão exercida por Geddel teria como objetivo evitar que o marido de Raquel fizesse um acordo de delação premiada e foi o principal argumento usado pelo juiz Vallisney de Souza Oliveira para autorizar a prisão do peemedebista.
Além do depoimento de Raquel, Vallisney também solicitou à Polícia Federal uma perícia no aparelho celular no qual ela recebeu a ligação. O trabalho ainda não foi concluído pela PF.
Na audiência de custódia, Geddel negou ter pressionado a mulher do corretor. “Em nenhum instante, impossível alguém demonstrar. Em nenhuma circunstância”, disse o ex-ministro. Segundo Geddel, ele retornou uma ligação da mulher de Funaro que “ficou marcada em seu celular” e que na conversa não houve nenhum tipo de pressão. Indagado pelo procurador Anselmo Cordeio Lopes, o ex-ministro afirmou que ligou “mais de dez vezes” para a mulher de Funaro, mas que nunca perguntou “se ela estava recebendo dinheiro”.
O advogado de Funaro, Bruno Espiñeira, foi quem entregou à Polícia Federal as cópias das telas do celular com as conversas entre Raquel e o ex-ministro de Temer. As conversas pelo aplicativo WhatsApp foram registradas em oito datas, entre 17 de maio e 1º de junho deste ano.