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‘Esquece delação’, diz advogado de Delcídio Amaral

Um novo pedido de soltura deverá ser apresentado logo após o fim do recesso no Judiciário, no início de fevereiro.

atualizado

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Jefferson Rudy/Agência Senado
delcídio amaral
1 de 1 delcídio amaral - Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado

Integrante da equipe de defesa do senador Delcídio Amaral (PT-MS), o advogado Antônio Figueiredo Bastos assegurou, nesta segunda-feira, 11/1, que o petista não irá recorrer à delação premiada. O senador está preso desde o último mês de novembro sob a acusação de tentar atrapalhar as investigações da Operação Lava Jato.

“Vamos enfrentar o mérito na questão do áudio, na questão da conversa, das nulidades que nós entendemos. É uma tese de defesa que, no momento oportuno, vamos colocar nos autos. Acho que agora seria até precipitado informar a estratégia que vou usar”, disse.

O advogado é responsável por ter fechado delações relevantes para as investigações na Operação Lava Jato, entre elas a do doleiro Alberto Youssef e a do dono da UTC, Ricardo Pessoa.

Esquece delação, não tem delação. Não precisa neste caso porque entendemos que temos condições de fazer uma ótima defesa dele.

Antônio Figueiredo Bastos

O pivô da prisão de Delcídio foi a gravação feita por Bernardo, filho do ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró, preso durante as investigações da Lava Jato. Na conversa, entre outros pontos, o senador revela um plano para conseguir um habeas corpus no Supremo Tribunal Federal (STF) para tirar Cerveró da prisão e enviá-lo para fora do País. Em troca, Cerveró não faria acordo de delação premiada em que citaria o senador.

No início de dezembro, o Supremo negou pedido de habeas corpus apresentado por Delcídio. Segundo o advogado do ex-líder do governo no Senado, um novo pedido de soltura deverá ser apresentado logo após o fim do recesso no Judiciário, previsto para se encerrar no início de fevereiro.

“Com certeza haverá um novo pedido. Vamos insistir nisso. Acho muito discutível a prisão em flagrante, com todo respeito, não houve flagrante. Foi uma questão preparada, urdida para colocar o cliente numa situação de flagrante. Houve um agente provocador que não era nem interessado. Então, isso vai ser discutido”, afirmou Bastos.

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