metropoles.com

Em forma de denúncia, pedido de cassação de Jucá perde força

Enquanto a representação prevê perda de mandato temporária ou definitiva, para a denúncia as penalidades são apenas advertência e suspensão. Documento foi apresentado ao Conselho de Ética nesta terça-feira (24/5) pelo senador Telmário Mota

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Waldemir Barreto/Agência Senado
telmário mota
1 de 1 telmário mota - Foto: Waldemir Barreto/Agência Senado

Diferentemente do que foi anunciado pelo senador, o documento protocolado nesta terça-feira (24/5) por Telmário Mota (PDT-RR) é uma denúncia contra Romero Jucá (PMDB-RR) e não uma representação. Na prática, o processo começa a tramitar uma etapa antes e pode não ser punido com cassação.

Denúncia e representação são duas formas distintas de se pedir o início de um processo disciplinar contra um senador. Entretanto, enquanto a representação prevê perda de mandato temporária ou definitiva, para a denúncia as penalidades são apenas advertência e suspensão.

A denúncia pode ser feita por qualquer cidadão, já a representação precisa ser assinada pelo representante de um partido político. Apesar de o presidente do PDT, Carlos Lupi, assinar o documento protocolado por Telmário, o pedido é de denúncia.

Ao final do documento, os subscreventes ponderam que, caso o Conselho de Ética entenda que a denúncia justifica perda de mandato, que o processo seja convertido em representação. A conversão não é tão simples. Para isso, é preciso um parecer do relator do caso no conselho e a concordância dos demais integrantes.

Próximos passos
Antes que a denúncia passe a tramitar no Conselho de Ética do Senado, é feita antes uma avaliação de admissibilidade pelo presidente do colegiado, João Alberto Souza (PMDB-MA), que tem até cinco dias úteis, a contar do recebimento do processo, para aceitar ou recusar o pedido.

Caso aceita, a denúncia será analisada pelo conselho após o sorteio de um relator. Caso rejeitada, cabe recurso ao plenário do conselho.

Troca de farpas
A denúncia contra Romero Jucá (PMDB-RR) no Conselho de Ética resultou em uma troca pública de farpas com o rival regional, Telmário Mota (PDT-RR). O pedetista foi o responsável por protocolar o processo disciplinar por quebra de decoro parlamentar contra Jucá.

Na tribuna do Congresso Nacional, já exonerado do cargo de ministro do Planejamento, o senador Jucá chamou Telmário de “bandido” e “desqualificado”. No Senado, ao protocolar o a denúncia, Telmário rebateu. “O Jucá pensa que todo mundo é do grupo dele. Nunca fui do grupo dele, porque sempre tive o cuidado de não andar com más companhias”, disse.

Jucá também atacou a esposa de Telmário, Suzete Macedo de Oliveira. A Justiça de Roraima pediu a prisão de Suzete e outras cinco pessoas por envolvimento no chamado “escândalo dos gafanhotos”, que desviou R$ 70 milhões em convênios oriundos da União em 2002.

Telmário não negou as acusações contra a esposa e disse que ela vai responder. “Ela responde por um processo por causa do caso gafanhotos, mas nunca se escondeu por isso. Ela responde como uma cidadã comum e quando a justiça achar que ela tem que pagar, ela vai pagar”, disse. E aproveitou para atacar Jucá que, segundo ele, usa cargos públicos para proteger as ex-esposas.

Compartilhar notícia

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?