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Discurso de Dilma Rousseff no Senado vai tratar de pacto e “golpe”

Ela vai defender a antecipação das eleições de 2018 ao fazer, nesta segunda-feira (29/8), sua defesa no processo de impeachment no Senado

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1 de 1 2016082908362400 - Foto: Daniel Ferreira/Metrópoles

A presidente afastada Dilma Rousseff vai pregar um amplo pacto nacional e a antecipação das eleições de 2018 ao fazer nesta segunda-feira (29/8), sua defesa no processo de impeachment no Senado. Embora a proposta de um plebiscito sobre o encurtamento do mandato tenha sido rechaçada pelo PT, ela avalia que, com o agravamento da crise política, a medida é o único instrumento para impedir a ruptura democrática.

Dilma repassou as linhas gerais de seu depoimento em jantar, na noite de domingo (28), com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o presidente do PT, Rui Falcão, ex-ministros e líderes de movimentos sociais, no Palácio da Alvorada. Todos consideram a deposição da petista irreversível, mas querem passar a mensagem de que um “golpe” deixa marcas profundas no País, com chance de “retrocessos”.

A ideia é que a presidente afastada aproveite o pronunciamento desta segunda para a disputa da narrativa histórica, diante das câmeras – muitas delas de filmes que estão sendo produzidos sobre o impeachment.

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Escoltada por Lula e outros 32 convidados (entre eles Lula e o cantor Chico Buarque), Dilma chegará ao Senado por volta das 9h e será recepcionada por manifestantes, em frente do Congresso. “Nem no meu pior pesadelo poderia imaginar o que está acontecendo conosco”, disse Lula.

Apesar das divergências com sua sucessora, Lula fez questão de levá-la ao Senado . Com o gesto, o objetivo é mostrar unidade. No plenário, Dilma invocará o testemunho de ex-ministros, que são senadores, para sustentar que não cometeu crime de responsabilidade. Dos 9 que se encaixam nesta categoria, porém, 6 votaram para transformá-la em ré.

Em forte tom emocional, Dilma também dirá que o processo contra ela foi aberto por causa de uma “chantagem” do então presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), afastado depois do cargo por denúncias de corrupção. Vai destacar, ainda, que tudo se agravou porque não cedeu a pressões para barrar a Lava Jato. “Nós vamos até o fim, mas estamos vivendo um jogo de cartas marcadas”, disse o senador Jorge Viana (PT-AC). “Ela tem certeza de que, se não vencer no Senado, vai ganhar essa batalha na história”, emendou Lindbergh Farias (PT-RJ).

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