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Dilma: Melhora na economia do País não se deve a Temer

Em entrevista, a presidente afastada afirmou que os fundamentos da economia são resultado de seu governo e que “em dois meses, ninguém recupera nada”

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Daniel Ferreira/Metrópoles
A resistência ao golpe de 2016 – Brasília(DF), 30/05/2016
1 de 1 A resistência ao golpe de 2016 – Brasília(DF), 30/05/2016 - Foto: Daniel Ferreira/Metrópoles

A presidente da República afastada, Dilma Rousseff, disse que os fundamentos da economia não mudam em dois meses e que, se há melhora na atividade, isso não é resultado do governo do presidente interino, Michel Temer. “Todos os fundamentos da economia foram dados no meu governo. Em dois meses ninguém recupera nada”, afirmou Dilma na manhã desta quarta-feira (27/7), em entrevista à Rádio Educadora, de Uberlândia (MG).

Dilma apontou que, após o referendo que aprovou a saída do Reino Unido da União Europeia (Brexit), no fim do mês passado, o ministro interino da Fazenda, Henrique Meirelles, divulgou um comunicado afirmando que os fundamentos da economia brasileira são sólidos, citando o volume de reservas internacionais e o forte ingresso de investimento estrangeiro.

“O Brasil tem US$ 376 bilhões em reservas e isso não foi feito em dois meses, foi feito no governo do Lula e no meu. Graças a isso o mundo pode tossir que a gente não pega uma pneumonia”, afirmou.

Segundo Dilma, outros aspectos também estão melhorando, como a tendência de queda da inflação e o início da recuperação da indústria. De acordo com ela, o problema é que durante seu governo havia uma tentativa sistemática da grande imprensa de criar um mau humor sobre a economia brasileira. “Pela mídia, todos os dias o mundo ia cair na nossa cabeça. Quando isso para de acontecer, diminui o mau humor, o mal estar. É isso que está acontecendo agora”, respondeu quando questionada sobre a atual melhora nas expectativas com a economia brasileira.

Jogos Olímpicos
Dilma também reafirmou que não vai participar da abertura oficial dos Jogos Olímpicos Rio 2016. Segundo ela, toda a preparação para a competição foi feita nos governos dela e de Lula. “Eu tive uma participação absolutamente direta, mas agora quem vai para o palanque oficial é uma pessoa que não trabalhou. Eu não vou participar na condição de espectadora de um ato em que eu fui protagonista. Por isso eu prefiro não ir e não criar nenhum constrangimento”, disse.

A presidente afastada lembrou que o Brasil tem experiência em receber megaeventos, como a Copa do Mundo e a Jornada Mundial da Juventude, e tem capacitação na área de segurança, inclusive para enfrentar ameaças de terrorismo. “O País está preparado para os jogos. O governo interino não mandou embora as pessoas responsáveis no meu governo pela área de segurança da Olimpíada, então espero que eles não tenham comprometido esse processo”, afirmou.

Ela também comentou sobre as críticas que algumas delegações estrangeiras têm feito em relação às acomodações no Rio. De acordo com Dilma, a Vila dos Atletas, que é responsabilidade da prefeitura carioca, “é a única infraestrutura que tem problemas” “Tanto a Vila Olímpica, na Barra, quanto a Vila de Deodoro estão em perfeitas condições de infraestrutura, segurança e energia”, apontou.

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