metropoles.com

Dilma diz à Al Jazeera que faltam 6 votos para barrar impeachment

A presidente afastada voltou a defender que está sendo alvo de uma injustiça e citou os áudios divulgados pelo delator da Operação Lava Jato Sérgio Machado

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Daniel Ferreira/Metrópoles
A resistência ao golpe de 2016 – Brasília(DF), 30/05/2016
1 de 1 A resistência ao golpe de 2016 – Brasília(DF), 30/05/2016 - Foto: Daniel Ferreira/Metrópoles

A presidente afastada Dilma Rousseff se mostrou confiante na conquista dos votos necessários para reverter o processo de impeachment no Senado. Em entrevista divulgada nesta terça-feira (7/6), pela rede de televisão Al Jazeera, do Catar, ela disse contar com 22 votos dos 28 necessários para impedir sua destituição. “Não se trata de algo tão impossível a conquista de seis votos”, afirmou.

A presidente afastada voltou a defender que está sendo alvo de uma injustiça e citou os áudios divulgados pelo delator Sérgio Machado, ex-diretor da Transpetro, mostrando integrantes do governo interino de Michel Temer conspirando para tirá-la do cargo e impedir o andamento das investigações contra a corrupção

Ela também se disse otimista em relação à sua volta, afirmando que o sentimento da população mudou desde que foi confirmado seu afastamento provisório. “Há mais de dois meses e meio que não se divulgam pesquisas no Brasil. (Mas) as pesquisas que fazem em alguns Estados mostram que a situação hoje claramente se inverteu. (…) É visível que as coisas estão mudando. Aqueles que foram às ruas dizendo que me tirar era lutar contra a corrupção não conseguem colocar uma pessoa na rua hoje contra mim porque é visível que é o oposto”, afirmou.

Acusações
Dilma se defendeu de acusações sobre sua responsabilidade quando ocupou o cargo de presidente do Conselho de Administração da Petrobras, relembrou dos feitos de sua gestão e do governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva contra a corrupção e afirmou que a crise econômica foi agravada por uma articulação política que trabalhava para tirá-la da Presidência desde a eleição de 2014.

Questionada sobre qual seria seu grande erro e o que fará de diferente caso vença o processo que corre no Senado, Dilma afirmou que repensaria suas alianças, que minaram sua base de governo com a passagem dos partidos de centro para o campo da direita, um movimento capitaneado pelo PMDB.

Ela também criticou o presidencialismo de coalizão e defendeu uma reforma política. “Em 1998, você conseguia estruturar uma maioria parlamentar com três partidos, depois com quatro, hoje não se consegue com menos de 15 partidos. Há um processo de fragmentação política, e dentro dos partidos um processo de balcanização de interesses. Só uma situação complexa e com características como essa permitiria que um processo de impeachment sem base legal fosse aprovado”, finalizou.

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?