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Deputados votam processo de cassação de Eduardo Cunha

O presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ), suspendeu a sessão, por volta das 19h10. Os debates foram reiniciados por volta das 20h20. Parlamentares gritam “Fora Cunha” no plenário

atualizado

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Eduardo Cunha constituição
1 de 1 Eduardo Cunha constituição - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

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A sessão:
Após a defesa e a oposição, os deputados votam se Eduardo Cunha vai ser cassado e ficar inelegível até 2024.

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O deputado Glauber Braga foi o segundo a falar na tribuna a favor da cassação de Eduardo Cunha. Glauber foi o que chamou Cunha de gângster na votação do impeachment, enquanto o parlamentar ainda era presidente da Casa.

Depois do deputado Alessandro Molon (REDE-RJ) encaminhar voto a favor da cassação de Eduardo, foi a vez de Carlos Marun (PMDB-MS) ser contra o processo de afastamento de Cunha. Enquanto discursa, os deputados que estão no plenário dizem que nem mesmo André Moura, líder do governo, está presente para apoiar Cunha.

Antes de seguir para a votação da cassação de Eduardo Cunha, o plenário tem que ouvir o encaminhamento dos partidos. Dois deputados falam a favor da cassação e dois contra. Quem fala primeiro é o deputado Alessandro Molon (REDE-RJ) que é a favor do “Fora Cunha”. Anteriormente, os deputados votaram pelo fim da discussão e dar prosseguimento à votação. Na Casa, o deputado Alberto Fraga (DEM-DF) declarou que votará pela cassação de Cunha.

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O deputado Paulo Pimenta (PT-RS) segura placa contra Cunha

A deputada Moema Gramacho (PT-BA) pede que os deputados votem pela cassação de Eduardo Cunha. Ela acusa o parlamentar de ter mentido à CPI da Petrobras.

Logo depois do discurso de Eduardo Cunha, o deputado Carlos Marun (PMDB-MS) apresentou uma questão de ordem para sugerir que os parlamentares votassem uma emenda para punição mais branda a Cunha. O pedido, no entanto, foi criticado pelos colegas. O presidente da Casa, Rodrigo Maia, colocou o pedido para apreciação do plenário, que negou o pedido.

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Carlos Marun (PMDB-MS) pede votação de pena mais branda para Cunha

No discurso, Cunha atacou o Partido dos Trabalhadores (PT). “Estou pagando o preço de ter tirado o PT do poder”, afirmou. A fala fez com que deputados da oposição gritassem “Tchau, querido” no plenário. Em resposta, o peemedebista falou: “Amanhã serão vocês”.

Durante o discurso, Eduardo Cunha foi provocado pelos deputados petistas, que pediam para ele chorar. “Se tiver que chorar, vou chorar. Vocês querem isso. Pode ser que ocorra”, afirmou. Cunha terminou o discurso sendo xingado pelos demais parlamentares e o povo gritou: “Tchau querido”.

Eduardo Cunha, da tribuna, desafiou os deputados: “Eu quero saber qual é a conta”. Apesar do tom agressivo do discurso de peemedebista, o parlamentar Patrus Ananias (PT-MG) mostrou estar bem desinteressado e folheava jornais no plenário.

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Patrus Ananias (PT-MG) lê jornal durante discurso de Cunha


Eduardo Cunha começou seu discurso de defesa às 21h04. Ao se dirigir à tribuna, o político foi vaiado e ouviu gritos de “Fora Cunha”. “Agradeço a Deus a chance de ter presidido essa casa”. O ex-presidente da Casa atacou o PT e foi xingado de “ladrão” por vários ex-colegas. Rodrigo Maia precisou intervir.

Às 21h01, o painel da Câmara dos Deputados marcou a presença de 400 parlamentares no plenário para votação que pode cassar o mandato de Eduardo Cunha. A quantidade era a estipulada por Rodrigo Maia para o início da sessão. Na Casa, há 430 deputados.

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Doze prateleiras com documentos das representações contra Cunha

Às 20h45, o advogado de defesa de Eduardo Cunha, Marcelo Nobre, subiu à tribuna. No mesmo momento, o ex-presidente da Casa chegou ao plenário. “Este processo é uma imputação de mentira ao meu cliente. Ele não mentiu. Não há uma prova nos autos”, afirmou o defensor.

Enquanto Marcelo Nobre falava, os deputados presentes na sessão conversavam entre si. “A decisão já está tomada. Hoje é ‘Fora Cunha’. Não precisamos ouvir mais essa defesa”, disse um dos parlamentares a um assessor.

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Deputados aplaudem a fala do relator Marcos Rogério (DEM-RO)


Com a sessão reaberta, por volta das 20h20, o relator do processo contra Eduardo Cunha, Marcos Rogério (DEM-RO), discursou pedindo a cassação do ex-presidente da Câmara dos Deputados. Ele alega que o parlamentar mentiu em depoimento à CPI da Petrobras, o que configuraria quebra de decoro. Atualmente, há 389 deputados no plenário da Casa.

Dez minutos após dar inicio aos trabalhos, às 19h, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), suspendeu a sessão que pode cassar o mandato do deputado federal afastado Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Haviam apenas 177 pessoas no plenário, o que motivou a interrupção por falta de quórum.

No começo da tarde, o Salão Verde, que dá acesso ao plenário, estava cheio de parlamentares, sendo a maioria deles contra o ex-presidente do órgão. Por volta das 18h30, meia hora antes do início da sessão, 305 dos 513 parlamentares já estavam na Casa.

Os parlamentares do PSol aproveitaram a imprensa na Câmara para realizar um manifesto contra o ex-presidente. Chamado “Expo Fora Cunha”, o ato tinha documentos de todo o processo contra o peemedebista dentro da Câmara.

A bancada do PSol fez um ranking dos apoiadores ou defensores de Cunha durante o andamento da denúncia. Em primeiro lugar no “pódio”, estava o nome do atual presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ).

“Aqui, temos documentos desde a representação até todas as atividades que tivemos ao longo de mais de 340 dias de protelações, intimidações e cooptação. Finalmente, chegamos ao dia do julgamento do corrupto que presidiu essa Casa. Fora, Cunha”, protestou Ivan Valente (PSol-SP).

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Aliados de Cunha evitaram circular no Salão Verde antes da sessão. Nos bastidores, a explicação era de que o grupo ainda buscava alternativas para tentar evitar a perda do mandato do ex-presidente. A derrota de Cunha já é dada como certa entre a oposição. Uma das estratégias dos defensores é tentar emplacar uma emenda com penas mais brandas.

Para Cunha perder o mandato, é necessário que ao menos 257 parlamentares votem a favor do relatório que sugere a cassação. Se a derrota for confirmada no plenário, Cunha perde o foro privilegiado e fica inelegível por oito anos.

O peemedebista é acusado de quebra de decoro por ter mentido à CPI da Petrobras ao dizer que não tinha contas bancárias na Suíça. O Ministério Público do país europeu enviou documentos provando que o deputado era o beneficiário de contas em uma instituição financeira suíça.

As contas seriam usadas por Eduardo Cunha para movimentar recursos oriundos do pagamento de propina de desvios da Petrobras.

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