Conselho marca para terça sessão que deve votar parecer sobre Cunha
A votação estava marcada para ocorrer nesta quarta-feira (7/8), porém o presidente do Conselho de Ética na Câmara José Carlos Araújo cancelou a sessão
atualizado
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O Conselho de Ética da Câmara fará a votação do parecer sobre Eduardo Cunha (PMDB-rj) na terça-feira (14/6) às 14h30. Na sessão, os deputados irão definir se o presidente afastado da casa será ou não cassado. As informações são do portal G1.
A votação estava marcada para ocorrer nesta quarta-feira (7/8), porém o presidente do conselho José Carlos Araújo (PR-BA) cancelou a sessão.
Mudança
O deputado Marcos Rogério (DEM-RO), relator do processo disciplinar contra Eduardo Cunha, anunciou na manhã desta quarta-feira que não vai alterar seu voto que pede a cassação do peemedebista. Ontem, o relator pediu vista da proposta do deputado João Carlos Bacelar (PR-BA) sugerindo que a pena para Cunha fosse de suspensão do mandato por três meses.
Marcos Rogério pretende entregar hoje ao Conselho de Ética da Câmara suas ponderações por escrito. Hoje não haverá reunião do colegiado e a previsão é que a sessão de votação do parecer aconteça entre terça e quarta da próxima semana.
O presidente do conselho, José Carlos Araújo, pretendia marcar a reunião para terça-feira (14), mas, segundo relatos de conselheiros, o próprio advogado de Eduardo Cunha, Marcelo Nobre, pediu para que não houvesse reunião nesse dia.
Pré-candidato à prefeitura de São Paulo, o deputado Celso Russomanno (PRB-SP) pediu uma reunião com a cúpula do seu partido e com a bancada da Câmara para discutir a situação do voto da deputada Tia Eron (PRB-BA). De acordo com fontes, o objetivo de Russomanno é pressionar a direção da sigla para que a deputada não dê voto favorável à Cunha.
Desgaste
Tanto Russomanno quanto o senador Marcelo Crivella (PRB-RJ) temem que o desgaste do partido em salvar Cunha da cassação atrapalhe a candidatura deles. “O Celso está desesperado”, contou um parlamentar.
Ontem, a deputada Tia Eron não participou da sessão que votaria o pedido de cassação de Cunha. Pressionada pela direção do partido, a parlamentar ficou escondida em um gabinete sem passar sequer perto da reunião do conselho. Temendo a derrota, os adversários de Cunha perceberam que o suplente que votaria no lugar de Tia Eron seria o deputado Carlos Marun (PMDB-MS) e, assim, o pedido de cassação seria sepultado. A solução encontrada foi adiar a votação.
A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara se reúne hoje e pode colocar em votação a consulta sobre o rito de votação do processo de Cunha no plenário. Deputados contrários ao peemedebista dizem que estão dispostos a não só votar o parecer do deputado Arthur Lira (PP-AL) como a derrotar a proposta que pode beneficiar Cunha. Com informações da Agência Estado