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Confira quais os ministros de Temer que estão na Lista de Fachin

A lista dos políticos que tiveram pedidos de abertura de inquérito assinados pelo ministro Edson Fachin, relator da Operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), atingiu oito dos 28 ministros de Estado do governo Temer. O maior peso das denúncias está sobre os ministros Moreira Franco e Eliseu Padilha, considerados os mais fortes da atual gestão. […]

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Valter Campanato/Agência Brasil
Temer e ministros posse
1 de 1 Temer e ministros posse - Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

A lista dos políticos que tiveram pedidos de abertura de inquérito assinados pelo ministro Edson Fachin, relator da Operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), atingiu oito dos 28 ministros de Estado do governo Temer. O maior peso das denúncias está sobre os ministros Moreira Franco e Eliseu Padilha, considerados os mais fortes da atual gestão. Mas o próprio presidente é citado nos depoimentos de executivos e ex-executivos da Odebrecht, como negociador de recursos para a campanha 2014. No entanto, o Ministério Público Federal ressalva que o presidente não pode responder criminalmente por fatos alheios ao mandato.

Por enquanto, todos os ministros investigados serão mantidos nos cargos e não houve manifestações oficiais sobre o assunto: elas só virão depois de os integrantes do governo federal conhecerem melhor as denúncias. Embora eles passem à condição de investigados no Ministério Público Federal, para o Planalto, a divulgação da lista ainda não é o suficiente para afastar os titulares de seus ministérios. Uma posição que tende a mudar, caso algum ministro vire réu: nessa situação, o acusado terá de deixar o cargo.

Sabia quais acusações pesam sobre cada integrante do governo federal, conforme os pedidos de abertura de inquérito do ministro Edson Fachin:

 

 

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Moreira Franco (PMDB), o Angorá,  ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência –
Divide com Eliseu Padilha as citações nos depoimentos de Marcelo Odebrecht e mais cinco delatores ligados à empreiteira. O ministro Fachin lhe atribui indícios dos mesmos crimes: lavagem de dinheiro, corrupção passiva e corrupção ativa. Teria negociado vantagens financeiras (R$ 4 milhões), supostamente para campanhas eleitorais do PMDB, tanto em nome do partido quanto de Michel Temer. Segundo o delator Paulo Cesena, a empreiteira se reuniu com o ministro para tratar da segunda rodada de concessões, uma vez que a Odebrecht tinha interesse na manutenção de cláusulas que aumentariam suas chances de sucesso na disputa. Com pretexto da campanha 2014, Moreira Franco pediu R$ 4 milhões ao grupo – dinheiro entregue por Paulo Quaresma a Eliseu Padilha, de acordo com o delator Benedicto Barbosa da Silva. 
Ex-ministro Gilberto Kassab, presidente do PSD
Helder Barbalho (PMDB), o Cavanhaque,  ministro de Estado da Integração Nacional –
Citado nos depoimentos de Fernando Luiz Ayres da Cunha Santos
Reis e de Mário Amaro da Silveira, o ministro da Integração Nacional teria recebido recursos não contabilizados para sua campanha ao Governo do Pará, em 2014. Ele, o senador petista do Pará Paulo Roberto Galvão da Rocha e o prefeito de Marabá (PA), João Salame, teriam pedido o dinheiro para representantes da Odebrecht. Segundo os delatores, foi repassado o total de  R$ 1,5 milhão, divididos em três parcelas, por meio do Setor de Operações Estruturadas da empreiteira. O dinheiro seria uma contrapartida: a empresa tentava atuar no estado como concessionária na área de saneamento básico. Assim, de acordo com o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, ficaram configurados os crimes de corrupção ativa e lavagem de dinheiro.
Blairo Maggi (PP), o Caldo, ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento – Para a PGR e o ministro Fachin, há indícios de que o ministro está envolvido nos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro. Ele é citado, ao lado do deputado federal Zeca do PT (o Pescador), nas delações de João Antônio Pacífico Ferreira e Pedro Augusto Carneiro Leão Neto, como tendo recebido recursos ilícitos. Teriam sido R$ 12 milhões para a campanha 2006 de reeleição do hoje ministro ao Governo do Mato Grosso, e R$ 400 mil para Zeca do PT disputar o Governo do Mato Grosso do Sul. A Odebrecht tinha créditos (reconhecidos administrativa ou judicialmente) em ambos os estados, decorrentes de obras públicas realizadas anteriormente, mas que não eram honrados devido à incapacidade financeira das duas unidades da Federação. Esse cenário teria motivado a formação de uma Comissão Especial para angariar repasses da União e fazer frente a esses créditos, sendo fundamental a atuação dos agentes públicos estaduais para acelerar os trabalhos, diz Fachin no pedido de abertura de inquérito. Segundo os delatores, Éder de Moraes Dias, agente público de Mato Grosso, teria pedido pagamento de vantagem indevida para propiciar o recebimento dos créditos: os valores seriam repassados, como contribuição eleitoral, para a campanha de Blairo Maggi, que, segundo Éder, teria conhecimento do pedido de dinheiro. 
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Eliseu Padilha (PMDB), o Primo, ministro-chefe da Casa Civil – Teria cometido os crimes de lavagem de dinheiro e corrupções passiva e ativa. Seu nome aparece no depoimento de Marcelo Odebrecht e de mais cinco delatores, que o acusam de ter cobrado propina para abastecer campanhas eleitorais peemedebistas, inclusive falando em nome do partido e do presidente Michel Temer. Por indicação do ex-ministro da Aviação Civil e atual da Secretaria-Geral da Presidência, Moreira Franco, teria recebido R$ 4 milhões de Paulo Henrique Quaresma, fruto das negociações da concessão de aeroportos

Daniel Ferreira/Metrópoles
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Moreira Franco (PMDB), o Angorá, ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência – Divide com Eliseu Padilha as citações nos depoimentos de Marcelo Odebrecht e mais cinco delatores ligados à empreiteira. O ministro Fachin lhe atribui indícios dos mesmos crimes: lavagem de dinheiro, corrupção passiva e corrupção ativa. Teria negociado vantagens financeiras (R$ 4 milhões), supostamente para campanhas eleitorais do PMDB, tanto em nome do partido quanto de Michel Temer. Segundo o delator Paulo Cesena, a empreiteira se reuniu com o ministro para tratar da segunda rodada de concessões, uma vez que a Odebrecht tinha interesse na manutenção de cláusulas que aumentariam suas chances de sucesso na disputa. Com pretexto da campanha 2014, Moreira Franco pediu R$ 4 milhões ao grupo – dinheiro entregue por Paulo Quaresma a Eliseu Padilha, de acordo com o delator Benedicto Barbosa da Silva. 

Elza Fiúza/Agência Brasil
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Ex-ministro Gilberto Kassab, presidente do PSD

Marcelo Camargo/Agência Brasil
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Helder Barbalho (PMDB), o Cavanhaque, ministro de Estado da Integração Nacional – Citado nos depoimentos de Fernando Luiz Ayres da Cunha Santos Reis e de Mário Amaro da Silveira, o ministro da Integração Nacional teria recebido recursos não contabilizados para sua campanha ao Governo do Pará, em 2014. Ele, o senador petista do Pará Paulo Roberto Galvão da Rocha e o prefeito de Marabá (PA), João Salame, teriam pedido o dinheiro para representantes da Odebrecht. Segundo os delatores, foi repassado o total de R$ 1,5 milhão, divididos em três parcelas, por meio do Setor de Operações Estruturadas da empreiteira. O dinheiro seria uma contrapartida: a empresa tentava atuar no estado como concessionária na área de saneamento básico. Assim, de acordo com o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, ficaram configurados os crimes de corrupção ativa e lavagem de dinheiro.

Daniel Ferreira/Metrópoles
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Marcelo Camargo/Agência Brasil
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Blairo Maggi (PP), o Caldo, ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento – Para a PGR e o ministro Fachin, há indícios de que o ministro está envolvido nos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro. Ele é citado, ao lado do deputado federal Zeca do PT (o Pescador), nas delações de João Antônio Pacífico Ferreira e Pedro Augusto Carneiro Leão Neto, como tendo recebido recursos ilícitos. Teriam sido R$ 12 milhões para a campanha 2006 de reeleição do hoje ministro ao Governo do Mato Grosso, e R$ 400 mil para Zeca do PT disputar o Governo do Mato Grosso do Sul. A Odebrecht tinha créditos (reconhecidos administrativa ou judicialmente) em ambos os estados, decorrentes de obras públicas realizadas anteriormente, mas que não eram honrados devido à incapacidade financeira das duas unidades da Federação. Esse cenário teria motivado a formação de uma Comissão Especial para angariar repasses da União e fazer frente a esses créditos, sendo fundamental a atuação dos agentes públicos estaduais para acelerar os trabalhos, diz Fachin no pedido de abertura de inquérito. Segundo os delatores, Éder de Moraes Dias, agente público de Mato Grosso, teria pedido pagamento de vantagem indevida para propiciar o recebimento dos créditos: os valores seriam repassados, como contribuição eleitoral, para a campanha de Blairo Maggi, que, segundo Éder, teria conhecimento do pedido de dinheiro. 

José Cruz/Agência Brasil
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Bruno Araújo, presidente do PSDB

George Gianni/PSDB
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Deputado federal Marcos Pereira, presidente nacional do Republicanos

Mdic/Divulgação

 

 


 

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