Confira pontos altos e baixos dos discursos dos três senadores do DF

Os três senadores eleitos pelo Distrito Federal já discursaram na sessão que discute o afastamento da presidente Dilma Rousseff (PT) por até 180 dias. E, embora o trio tenha se manifestado pela abertura do processo contra a petista, cada pronunciamento foi marcado por peculiaridades.

Cristovam Buarque (PPS)

Ponto alto
Analista lúcido do cenário político, o senador criticou duramente a gestão petista. Alegou que o Bolsa Família nunca passou por melhorias e que o PT criou uma nação de consumidores sem gerar uma verdadeira transformação social.

Ponto baixo
Cristovam, em momentos de autoelogio, disse que não foi ele quem mudou nestes anos. Para ele, a culpa é da esquerda, que envelheceu. É o velho “os outros estão errados e eu estou certo”.

Hélio José (PMDB-DF)

Ponto alto
O peemedebista usou recursos literários para dizer que, ao votar pelo afastamento de Dilma, se encontrava diante de uma verdadeira “escolha de Sofia”. O termo é uma referência à obra homônima do romancista William Styron ambientada no campo de concentração de Auschwitz durante a II Guerra Mundial.

Ponto baixo
Ao mesmo tempo em que evocou a arte para explicar o próprio dilema, Hélio pecou na concordância e na pronúncia de palavras como “impíte” e “Antonio ‘anestesia'”.

José Antonio Reguffe (sem partido)

Ponto alto
O parlamentar criticou o governo por gastar mais do que arrecadar. “Alguém tem que pagar. Esse déficit que o governo conduziu fica para o contribuinte num ponto futuro com impostos. É esse contribuinte que meu mandato representa. Meu lado não é partido, não é governo. Meu lado é o contribuinte brasileiro.”

Ponto baixo
Ao falar que “o Orçamento público surgiu no ano de 1215, na Inglaterra…”, e lembrar da situação monárquica do século 13, Reguffe conseguiu deixar ainda mais monótona a extensa sessão do Senado que já se arrastava havia mais de 12 horas no plenário da Casa no momento em que ele falou da tribuna.