Collor usa discurso em sessão de impeachment para relembrar 1992
Nos 15 minutos a que tinha direito, Collor disse que foi vítima de uma injustiça ao ser retirado da Presidência da República
atualizado
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Fernando Collor de Mello (PTB-AL), que sofreu o processo de impeachment em 1992, foi 38º senador a discursar durante a sessão que decide sobre o afastamento de Dilma Rousseff. Ele aproveitou para atacar aqueles que o apearam do poder e defender a sua inocência. “Saí do poder sem ter cometido qualquer crime”, declarou.
Durante o discurso de cerca de 15 minutos, o senador aproveitou para tentar reescrever a história do processo de impeachment do qual foi alvo e criticou a “lentidão” do rito contra Dilma Rousseff.
“O rito é o mesmo, mas o rigor, não”, opinou o parlamentar. Para ele, o governo Dilma foi beneficiado por prazos que a permitiram ficar mais tempo no cargo.
Collor também teceu críticas à gestão Dilma Rousseff. “Chegamos às ruínas de um governo”, disse. Ele analisou o momento pelo qual o Brasil passa.
“Jamais o Brasil passou por uma confluência tão grave de crises na política, na econômica e na moralidade”, declarou.
O ex-presidente ainda defendeu uma reforma política. “Não há como recuperar esse modelo de coalizão e de fisiologismo. Os partidos, mais do que votar, precisam formular políticas. Por tudo isso, o sistema está em ruínas”, defendeu.