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Cardozo deixa Ministério da Justiça e vai para AGU

Wellington Cesar Lima e Silva, ex-procurador-geral da Bahia, deve ser o substituto

atualizado

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José Cruz/Agência Brasil
josé eduardo cardozo
1 de 1 josé eduardo cardozo - Foto: José Cruz/Agência Brasil

As suspeitas se confirmaram e o atual ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, deixa a pasta para assumir a Advocacia-Geral da União (AGU). A previsão é que Cardozo tome posse no novo posto até quinta-feira (3/2).

Luís Inácio Adams, que comandava a AGU, já havia acertado sua saída, abrindo espaço para a entrada de Cardozo no órgão. Já o Ministério da Justiça deve ser comandado por Wellington Cesar Lima e Silva, ex-procurador-geral de Justiça da Bahia durante o governo de Jaques Wagner, que atua hoje como chefe da Casa Civil.

Reunião
Dilma Rouseff se reuniu com Cardozo na manhã desta segunda (29/2) para definir os novos rumos da pasta. Era interesse dele sair do Ministério da Justiça e a presidente já estava em busca de um sucessor. Wellington Cesar foi indicado por Wagner e esteve no Palácio do Planalto na semana passada para conversar com Dilma – sendo, enfim, escolhido para o cargo.

Crítica
Representantes de partidos de oposição na Câmara criticaram a saída de José Eduardo Cardozo do Ministério da Justiça. Para os oposicionistas, a pressão do PT tem como objetivo preservar figuras importantes da sigla que estão na mira da Operação Lava Jato e transformar a Polícia Federal em polícia política.

“No PT, a lógica é inversa: quem está atrás das grades ou na iminência de parar lá é tratado como herói. Já quem se posiciona no sentido de cumprir a lei, que parece ser o caso do atual ministro, é alvo de pressões políticas para deixar o cargo. Ou seja, estamos diante de uma ação do partido de Dilma para cortar a cabeça de Cardozo e transformar a PF em um órgão político”, comentou o líder do PPS, deputado Rubens Bueno (PR).

Por meio de nota, Bueno ressaltou que a saída de Cardozo ocorre às vésperas do depoimento da família do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao Ministério Público, quando devem dar explicações sobre o apartamento tríplex no Guarujá, litoral sul de São Paulo, e o sítio de Atibaia, no interior de São Paulo.

“A sociedade deve ficar atentar a uma possível mexida de cadeiras na Esplanada com o objetivo de tentar amenizar a situação daqueles que estão enrolados nas principais operações de investigação em curso. É preciso lembrar que a Polícia Federal, que vem realizando um trabalho sério nesta área, não poderá sofrer qualquer revés, a partir de ingerências políticas”, acrescentou Bueno.

O presidente do Solidariedade, deputado Paulo Pereira da Silva (SP), acredita que há um processo de implosão do partido da presidente Dilma Rousseff. “No PT, as coisas funcionam assim: Aos que não cumprem a ordem do rei, forca! É possível que o ministro não tenha aguentado a pressão da ala do PT, simpatizante de Lula, para que o partido tenha mais influência sobre a Polícia Federal e trabalhe para inocentar Lula”, resumiu

Paulinho da Força, como é conhecido, disse que a mudança na Esplanada pode impulsionar o processo de impeachment. “A oposição está vigilante a mais uma manobra criminosa do PT. Se Dilma permitir isso, o impeachment ganha mais força. Não vamos aceitar que um partido político trabalhe para livrar o Lula e a Dilma”, afirmou em nota.

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