Câmara está vazia na manhã que antecede votação de cassação de Cunha
Rodrigo Maia, presidente da Casa, já adiantou que só colocará a cassação para apreciação se houver um número mínimo de 420 deputados presentes
atualizado
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Na manhã que antecede a votação do processo de cassação de Eduardo Cunha (PMDB-RJ), os corredores da Câmara ainda estão esvaziados. Como é de praxe, os parlamentares retornam aos poucos de seus Estados para participar das sessões agendadas para hoje. Antes da votação que definirá o destino de Cunha, às 19h desta segunda-feira (12/9), está marcada uma sessão extraordinária no plenário, prevista para começar às 13h, para a análise de medidas provisórias que trancam a pauta.
O objetivo do presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ), é usar pelo menos uma das MPs para testar o quórum para a apreciação do caso do peemedebista. Ele já adiantou que só colocará a cassação para apreciação se houver um número mínimo de 420 deputados presentes – para a perda de mandato, são necessários 257 votos. Entre as medidas, estão a que autoriza a liquidação e a renegociação de dívidas de crédito rural e a do crédito extraordinário a Estados e municípios.
Antes da sessão, contudo, aliados de Cunha já preparam um “kit obstrução” para tentar adiar a votação, com requerimentos pedindo adiamento da votação ou retirada do caso da pauta. Para aprová-los, porém, é necessário o voto da maioria dos deputados. Caso essa estratégia não funcione, aliados devem apresentar questões de ordem para substituir o relatório do Conselho por um projeto de Resolução com uma pena mais branda.
Segundo levantamento feito pelo Grupo Estado, há 282 votos a favor da cassação do ex-presidente da Câmara – acima do número necessário para a aprovação. Apesar de apenas três parlamentares terem se manifestado contra a cassação, ainda há 87 deputados que não quiseram se pronunciar e 31 que estão indecisos. Algumas bancadas, como PP e DEM, devem se reunir ao longo da tarde desta segunda para definir a orientação dos partidos.