Base de Temer atinge quórum na Câmara e faz sessão nesta sexta (7/7)

Após intensa mobilização dos líderes da base, a Câmara conseguiu atingir o quórum mínimo de 51 deputados para que a sessão desta sexta-feira (7/7) conte como prazo para a tramitação da denúncia contra o presidente Michel Temer (PMDB) na Comissão de Constituição em Justiça (CCJ). Assim, não deve haver atraso no cronograma do governo, que tem pressa em encerrar o processo.

Por volta das 10h, 71 deputados haviam marcado presença. O número, para uma sexta-feira, é considerado alto, já que os parlamentares costumam voltar para as suas cidades já às quintas-feiras.

Para garantir o quórum, líderes da base permaneceram em Brasília e fizeram uma intensa mobilização na quinta-feira (6), telefonando para deputados e pedindo para que eles adiassem o retorno. Participaram da articulação os deputados Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), André Moura (PSC-SE), Lelo Coimbra (PMDB-ES) e Baleia Rossi (PMDB-SP).

Cronograma
A CCJ tem até cinco sessões para aprovar o parecer que será levado a plenário, conforme determina o regimento interno da Câmara. Duas sessões já foram contabilizadas.

O deputado Sergio Zveiter (PMDB-RJ) deve ler o relatório, elaborado por ele, na segunda-feira (10). Após prazo de vista de duas sessões, o início da discussão na CCJ está previsto para quarta-feira (12).

Apesar da pressa do governo, a fase de debates na CCJ poderá atrasar a apreciação da denúncia no plenário. Isso porque os 66 integrantes da comissão poderão falar, assim como seus suplentes, além de 40 deputados não membros do colegiado. Se todos quiserem participar, a estimativa é de que a discussão leve cerca de 40 horas.

Somente após essa discussão, a CCJ irá apreciar de fato o relatório. Independentemente do resultado, a denúncia será levada à votação no plenário. Para barrar o seguimento do processo, Temer precisa do apoio de pelo menos 172 dos 513 deputados.