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Aécio Neves é alvo de operação da PF e do MPF após delação da JBS

Ação ocorre um dia depois de a delação de Joesley Batista revelar que o tucano teria pedido R$ 2 milhões para pagar sua defesa na Lava Jato

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Eleição dos membros da Comissão Especial que analisará processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff.  Brasília – DF 25/04/2016
1 de 1 Eleição dos membros da Comissão Especial que analisará processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff. Brasília – DF 25/04/2016 - Foto: Daniel Ferreira/Metrópoles

A Polícia Federal e o Ministério Público Federal deflagraram nesta quinta-feira (18/5) a Operação Patmos, no âmbito da Lava Jato, em Brasília, Belo Horizonte e no Rio de Janeiro. O alvo é o senador Aécio Neves (PSDB); a irmã dele, Andrea Neves; e Altair Alves, considerado braço direito do ex-presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha (PMDB).

A irmã do senador e presidente nacional do PSDB Aécio Neves (MG), a jornalista Andrea Neves, uma das principais assessoras dele, foi presa nesta manhã. Além dela, foram detidos Frederico Pacheco de Medeiros, o Fred, primo de Aécio; e Mendherson Souza Lima, assessor de Zezé Perrella. Também foram alvos de mandados de prisão Roberta Funaro, irmã do operador de Cunha, o procurador da República Angelo Goulart e o advogado Willer Tomaz. Outro alvo é Altair Alves, considerado braço direito de Cunha.

A ação tem autorização do Supremo Tribunal Federal (STF), que determinou os afastamentos do tucano do mandato de senador e de Rocha Loures (PMDB-PR) do de deputado federal.

A Procuradoria-Geral da República (PGR) pediu ao STF a prisão de Aécio. O ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato na Corte, negou o pedido. A operação ocorre um dia depois de a delação de Joesley Batista, dono do frigorífico JBS, revelar que o tucano teria pedido R$ 2 milhões para pagar sua defesa na Lava Jato.

Segundo a Polícia Federal, com autorização do Supremo Tribunal Federal (STF), estão sendo cumpridos mandados de busca a apreensão nos apartamentos dos investigados. Já estão presos o procurador da República Ângelo Goulart Villela e o advogado Willer Tomaz, supostamente ligado a Cunha.

Villela é integrante da força-tarefa da Operação Greenfield, que apura desvios de recursos em fundos de pensão, e, de acordo com a delação da JBS, estaria repassando informações sigilosas aos investigados. Contra a irmã do senador tucano foi expedido mandado de prisão. Ela não foi encontrada pela PF e a Interpol acionada.

Todas as medidas, inclusive o afastamentos de Aécio e Loures, foram determinadas pelo ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato no Supremo. No Rio de Janeiro, os agentes estão em Ipanema, na casa de Aécio; Copacabana, onde a irmã tem apartamento; e Tijuca, casa de Altair.

O gabinete do parlamentar em Brasília também está sendo devassado, assim como os dos senadores Zezé Perrela (PSDB-MG) e do deputado federal Rodrigo Rocha Loures. Há, ainda, busca e apreensão no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), onde atuaria o procurador preso, e na casa de Aécio, no Lago Sul.

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Segurança reforçada no Palácio do Planalto
Agentes da PF em viaturas descaracterizadas estão no Congresso Nacional
Muitos jornalistas na porta da casa de Aécio em Brasília
Delegado da PF Tiago Delabary sai com uma mala da casa de Aécio em Brasília
Polícia Federal no apartamento de Aécio Neves, em Ipanema, no Rio de Janeiro
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Movimentação na casa de Aécio, no Lago Sul, em Brasília, na QL 22

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Segurança reforçada no Palácio do Planalto

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Agentes da PF em viaturas descaracterizadas estão no Congresso Nacional

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Muitos jornalistas na porta da casa de Aécio em Brasília

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Delegado da PF Tiago Delabary sai com uma mala da casa de Aécio em Brasília

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Polícia Federal no apartamento de Aécio Neves, em Ipanema, no Rio de Janeiro

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Deputado federal Rodrigo Loures

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Jose Eduardo Alckmin, advogado de Aécio, chega na casa do senador em Brasília

Encontro
Aécio e Joesley teriam se encontrado em 24 de março no Hotel Unique, em São Paulo. Um trecho do diálogo foi revelado pelo O Globo. Segundo o jornal, o diálogo gravado durou cerca de 30 minutos. “Se for você a pegar em mãos, vou eu mesmo entregar. Mas, se você mandar alguém de sua confiança, mando alguém da minha confiança”, propôs Joesley.

“Tem que ser um que a gente mata ele antes de fazer delação. Vai ser o Fred com um cara seu. Vamos combinar o Fred com um cara seu porque ele sai de lá e vai no cara. E você vai me dar uma ajuda do c…”, teria respondido Aécio.

O jornal afirma que o diretor de Relações Institucionais da JBS, Ricardo Saud, levou o dinheiro a Fred. Foram quatro entregas de R$ 500 mil cada uma. A PF filmou uma delas.

Segundo o Ministério Público Federal, o dinheiro não foi repassado a nenhum advogado. As filmagens da PF mostram que, após receber o dinheiro, Fred repassou, ainda em São Paulo, as malas para Mendherson Souza Lima, secretário parlamentar do senador Zeze Perrella (PMDB-MG).

Mendherson levou de carro a propina para Belo Horizonte. Fez três viagens seguido pela Polícia Federal. As investigações revelaram que o dinheiro não era para advogado algum. O assessor negociou para que os recursos fossem parar na Tapera Participações Empreendimentos Agropecuários, de Gustavo Perrella, filho de Zezé Perrella.

Em nota, a assessoria do senador Aécio Neves afirma que “aguarda ter acesso ao conjunto das informações para prestar todos os esclarecimentos”. Destacou, ainda, que o tucano “está absolutamente tranquilo quanto à correção de todos os seus atos”. (Com informações do G1)

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