PF faz operação contra desvio de recursos do Ministério da Cultura
Investigação aponta uso irregular da Lei Rouanet para a construção do Museu do Trabalho e do Trabalhador, em São Bernardo do Campo
atualizado
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A Polícia Federal (PF) deflagrou nesta terça-feira (13/12) a Operação Hefesta, que investiga denúncia de desvio de verbas no Ministério da Cultura. Foram cumpridos oito mandados de prisão temporária, oito de condução coercitiva (quando a pessoa é levada a depor) e 16 de busca e apreensão.
A operação conta com 60 agentes da PF e 10 servidores da Controladoria-Geral da União (CGU). Os mandados foram cumpridos em São Paulo, Rio de Janeiro, Distrito Federal, Santos, São Bernardo do Campo e Barueri, ambas em SP.
O inquérito foi instaurado pela PF a partir de informações divulgadas pela imprensa em novembro de 2014, indicando atraso e possíveis fraudes na construção daquele museu.O nome Hefesta remete ao deus grego Hefesto, do trabalho e da metalurgia.
Segundo a PF, a investigação aponta o desvio de recursos provenientes de projetos da Lei Rouanet e convênios do Ministério da Cultura com a prefeitura municipal. Há indícios de superfaturamento de projetos, subcontratação ilegal de empresas sem licitação e duplicidade de objetos nos projetos de captação. A obra iniciou-se em 2012 e estava prevista para durar nome meses, mas até hoje não foi concluída.