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PF deflagra 33ª fase da Lava Jato e mira na Queiroz Galvão

Os mandados judiciais são cumpridos no Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Goiás, Pernambuco e Minas Gerais

atualizado

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PF Polícia Federal
1 de 1 PF Polícia Federal - Foto: Michael Melo/Metrópoles

A Polícia Federal deflagrou na manhã desta terça-feira (2/8), a 33ª fase da Operação Lava Jato, intitulada Operação Resta Um. As equipes policiais cumprem 32 ordens judiciais, sendo 23 mandados de busca e apreensão, dois de prisão preventiva, um de prisão temporária e seis de condução coercitiva. Aproximadamente 150 policiais federais estão cumprindo as determinações judiciais nas cidades nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Goiás, Pernambuco e Minas Gerais.

Os fatos investigados nessa fase têm como objeto principal a participação da Construtora Queiroz Galvão no chamado “cartel das empreiteiras”, grupo de empresas que se organizaram com o objetivo de executar obras contratadas pela Petrobras. As obras investigadas englobam contratos no Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro, na Refinaria Abreu e Lima, Refinaria Vale do Paraíba, Refinaria Landulpho Alves e na Refinaria Duque de Caxias. A Construtora Queiroz Galvão possui o terceiro maior volume de contratos investigados no âmbito da Operação Lava Jato.

Os executivos da construtora também são investigados pela prática sistemática de pagamentos indevidos a diretores e funcionários da Petrobras, bem como o repasse de valores a agremiações políticas travestidos de doações oficiais através de operadores. As operações realizadas por ordem dos executivos da empresa ocorreram por meio de transações comandadas por operadores e  pagamentos no exterior em retribuições a obtenção de contratos com a estatal.

A investigação ainda trata de propinas pagas com o objetivo de criar embaraços à comissão parlamentar de inquérito que investigava irregularidades junto a Petrobras pelo Senado Federal em 2009. Identificaram-se indícios concretos do pagamento indevido de valores por executivos da Construtora Queiroz Galvão, que tinha o interesse de dificultar os trabalhos da comissão. São apuradas as práticas de crimes de corrupção, formação de cartel, associação criminosa e lavagem de dinheiro, dentre outros.

O nome “Resta Um” é uma referência à investigação da última das maiores empresas identificadas como parte integrante da chamada “Regra do Jogo”, em que empreiteiras formaram um grande cartel visando burlar as regras de contratação por parte da Petrobras, em claro prejuízo à estatal.

Nos casos dos investigados para os quais foram expedidos mandados de condução coercitiva, os alvos estão sendo levados às sedes da Polícia Federal nas respectivas cidades onde foram localizados para prestarem os esclarecimentos necessários. Como se trata de situações de conduções coercitivas, os investigados serão liberados após serem ouvidos pela polícia.

Os investigados com prisão cautelar decretada serão levados à sede da Polícia Federal, em Curitiba, onde permanecerão à disposição das autoridades responsáveis pela investigação.

 

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