OMS alerta para resistência criada pelo Aedes aegypti aos inseticidas
Para a entidade, o plano de ação de um combate ao vetor da dengue deve ser acompanhado por diferentes métodos
atualizado
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A Organização Mundial da Saúde (OMS) alerta que cresce a resistência do mosquito Aedes aegypti contra inseticidas e pede que governos trabalhem contra o vetor da dengue, da zika e da chikungunya com controle do uso de produtos químicos.
“A resistência a inseticidas está se espalhando entre mosquitos”, indicou a OMS. “Para minimizar o impacto da resistência em programas de controle, decisões adequadas devem ser tomadas”, declarou a entidade em um novo estudo publicado nesta terça-feira (8/3).
Segundo ela, muitos governos têm optado por inseticidas baratos e de impacto moderado para evitar gastos elevados. Mas o resultado pode ser o desenvolvimento de mosquitos mais resistentes e a necessidade de voltar a usar produtos químicos, desta vez mais caros e afetando a capacidade de governos de garantir uma cobertura do programa a toda a área que precisaria ser atingida.
O desenvolvimento de resistência leva a uma mudança a opções mais caras, comprometendo a cobertura
OMS
Para a entidade, o plano de ação de um combate ao vetor da dengue deve ser acompanhado por diferentes métodos. Um deles se refere à rotação de diferentes produtos, idealmente não repetindo o mesmo inseticida durante um intervalo de dois anos.
Se a área geográfica a ser controlada for grande, a OMS sugere que governos usem diferentes inseticidas em cada um dos bairros sob alvo de uma operação.A OMS também pede que haja um controle de criadouros, ao mesmo tempo em que o inseticida seja usado. O uso de redes em casas, roupas adequadas e maior uso de repelente também é sugerido.
A entidade, porém, admite que a estratégia de diversificar os instrumentos contra o vetor é “de difícil implementação, especialmente com uma epidemia ganha força e quando é chave conter o surto”.