Mulher confessa participação no assassinato do embaixador grego
Polícia pediu a prisão preventiva de Françoise de Souza Oliveira, além do PM, que seria seu amante, e mais um possível cúmplice
atualizado
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Françoise de Souza Oliveira, mulher do embaixador da Grécia Kyriakos Amiridis, confessou participação na morte do marido. A informação é de O Globo. A polícia já pediu à Justiça a prisão preventiva da brasileira Fronçoise, do policial militar Sérgio Gomes Moreira Filho e de um dos dois cúmplices no crime, Eduardo Tedeschi, amigo do PM. O outro suspeito de participar do assassinato é um primo de Sérgio Moreira.
De acordo com as investigações, Françoise teria sido agredida pelo embaixador e procurou o policial para se vingar do marido. “A partir daí, ela contou para o PM, que era amante dela, e eles tramaram o crime”, explicou um dos investigadores que trabalham no caso e concedeu entrevista à Revista Veja.Kyriakos Amiridis assumiu o posto de embaixador da Grécia no Brasil há um ano. O casal morava em Brasília e estava passando férias no Rio de Janeiro.
Morto em casa
Ainda de acordo com a investigação, o embaixador foi morto dentro da própria casa onde passava as férias com a mulher em Nova Iguaçu – o sofá foi periciado e, no local, havia marcas de sangue. Segundo depoimento do policial, houve luta corporal e o PM teria usado a arma que estava com o diplomata para atirar.
O PM diz que, logo depois, retirou o corpo usando o carro que tinha sido alugado pelo embaixador. Imagens de câmeras de segurança estão sendo analisadas. Eles mostrariam o policial carregando a vítima para fora da casa, em Nova Iguaçu, no Rio de Janeiro.
Os investigadores já sabem que o diplomata foi retirado da casa por volta das 3h da madrugada de quarta-feira (28/12), dois dias depois do seu assassinato. O automóvel alugado pelo embaixador foi localizado carbonizado, com um corpo dentro, nas proximidades do Arco Metropolitano nesta quinta-feira (29).
Processo disciplinar
O soldado Sérgio Gomes Filho tem 29 anos, está na Corporação desde abril de 2012 e trabalhava na UPP Fallet/Fogueteiro. Ele será submetido a Processo Administrativo Disciplinar, no caso, um Conselho de Revisão Disciplinar (CRD), que irá decidir por sua permanência ou exclusão da Instituição. Após os procedimentos realizados pela Polícia Civil, o policial será encaminhado para a Unidade Prisional da PM.