Morre, aos 63 anos, o jornalista Jorge Bastos Moreno
O colunista do jornal O Globo faleceu vítima de um edema agudo de pulmão, no Rio de Janeiro
atualizado
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Morreu na madrugada desta quarta-feira (14/6), no Rio de Janeiro, o jornalista Jorge Bastos Moreno. Colunista do jornal O Globo, ele tinha 63 anos e faleceu vítima de um edema agudo de pulmão decorrente de complicações cardiovasculares.
Com mais de 40 anos de carreira, era um dos mais renomados repórteres políticos do Brasil. Apaixonado pelas mais diversas plataformas da informação, estava à frente do Blog do Moreno, comandava o talk show Moreno no Rádio, na CBN, e era âncora do programa Preto no Branco, do Canal Brasil. Além disso, fazia participações frequentes na GloboNews.
No campo literário, escreveu dois livros. “A história de Mora – a saga de Ulysses Guimarães” foi lançado em 2013 e mistura realidade e ficção. Em março deste ano, inovou no livro “Ascensão e queda de Dilma Rousseff”, transformando mensagens de Twitter em um relato histórico.
Entre seus grandes furos, está a nomeação do general João Figueiredo como sucessor do general Ernesto Geisel. Durante o impeachment de Fernando Collor, em 1992, Moreno descobriu que um Fiat Elba de propriedade do então presidente tinha sido comprado pelo “fantasma” José Carlos Bonfim. Venceu o Prêmio Esso de Informação Econômica de 1999 com a notícia da queda do então presidente do Banco Central Gustavo Franco e a consequente desvalorização do real.
Moreno nasceu em Cuiabá e viveu em Brasília desde a década de 1970. Há 10 anos morava no Rio.
Manifestações
O presidente Michel Temer divulgou nota lamentando a morte do colunista. Afirmou ter convivido por 30 anos com o jornalista e amigo, que era “arguto observador, irônico com maestria, crítico ferino e insistente apurador de fatos e bastidores”.
Segundo o texto, “Moreno construiu uma das carreiras mais brilhantes e respeitadas nas redações do país. Minha solidariedade aos familiares e amigos deste excelente profissional que nos deixa de maneira tão repentina.”
O governador Rodrigo Rollemberg (PSB) também se manifestou. Para o socialista, a morte de Moreno “é irreparável para o jornalismo brasileiro”. O chefe do Executivo local destacou, ainda, que “Brasília teve a honra de tê-lo como morador desde a década de 70, quando chegou aqui para estudar na Universidade de Brasília. Meus sentimentos a toda a sua família e a imensa legião de amigos e de leitores que hoje amanheceram mais tristes”.