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Lava Jato: empresários do transporte ligados a Cabral são presos

De acordo com as investigações, foram rastreados R$ 260 milhões em propina pagos pelos investigados a políticos do Rio de Janeiro

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Polícia Federal
1 de 1 Polícia Federal - Foto: Michael Melo/Metrópoles

A Polícia Federal deflagou nesta segunda-feira (3/7) mais uma etapa da operação Lava Jato no Rio de Janeiro. O alvo da ação é a cúpula do transporte rodoviário ligada ao ex-governador Sérgio Cabral (PMDB). Estão sendo cumpridos oito mandados de prisão no Rio de Janeiro, Paraná e Santa Catarina.

De acordo com as investigações, foram rastreados R$ 260 milhões em propina pagos pelos investigados a políticos do Rio de Janeiro. Um dos mandados de prisão foi cumprido no domingo (2). O empresário Jacob Barata Filho estava no aeroporto internacional Tom Jobim, de onde embarcaria para Portugal. Segundo a PF, ele só tinha passagem de ida.

Nesta manhã, equipes da PF prenderam Lélis Marcos Teixeira, presidente da Fetranspor. Ele já havia sido levado em condição coercitiva em outra operação da Lava Jato. Outro alvo da operação foi Marcelo Traça Gonçalves, presidente do Sindicato de Empresas de Transporte Rodoviário do Rio de Janeiro. Rogério Onofre, ex-presidente do Departamento de Transportes Rodoviários do Rio (Detro), também foi preso em Florianópolis (SC).

Policiais federais estiveram um condomínio na orla da Barra da Tijuca para cumprir outro mandado de prisão, contra José Carlos Lavoura, integrante do conselho da Fetranspor. Lavoura estaria em Portugal e a Interpol foi acionada.

A operação tem como base as delações premiadas do doleiro Álvaro Novis e do ex-presidente do Tribunal de Contas do Rio Jonas Lopes. Agentes fizeram buscas nas cidades de São Gonçalo e Paraíba do Sul, no estado do Rio de Janeiro, e nos estados do Paraná e Santa Catarina.

Pronto para embarcar
O empresário Jacob Barata Filho teve a prisão decretada pelo juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal do Rio, responsável pelas investigações que levaram Sérgio Cabral à cadeia. A prisão seria nesta segunda, mas a polícia descobriu que ele viajaria domingo. Por isso, antecipou sua captura.

Ele é dono de um conglomerado de empresas no Rio e em outros estados com mais de 4.000 veículos. Herdou o negócio de seu pai, que atuava no ramo desde os anos 1960. Os negócios da família incluem também operadores de turismo, entre outras empresas, e se estendem por Portugal.

Barata divulgou, via assessoria de imprensa, nota que diz: “O empresário Jacob Barata Filho estava realizando viagem de rotina a Portugal, onde possui negócios há décadas e para onde faz viagens mensais. A defesa do empresário irá se pronunciar assim que tiver acesso aos autos do processo.” (Com informações do G1 e da Agência Estado)

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