TCU cobra devolução de R$ 960 mi de Gabrielli, Duque e empreiteiras
A justiça determinou o bloqueio dos bens de ex-executivos da Petrobras e donos de empreiteiras por conta de irregularidades e superfaturamento em contratos de obras, os acusados têm 30 dias para manifestarem-se
atualizado
Compartilhar notícia
O Tribunal de Contas da União (TCU) determinou nesta quarta-feira (21/9) o bloqueio de bens do ex-presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, do ex-diretor de serviços da Petrobras, Renato Duque, da empreiteira Queiroz Galvão, da Iesa Óleo e Gás e do Consórcio Ipojuca Interligações, por conta de irregularidades e superfaturamento ocorridos em contratos de obras de “tubovias” da refinaria Abreu e Lima, de Pernambuco.
Em sua decisão, o TCU cobra a devolução de R$ 960 milhões, pois trata-se de transações realizadas entre 2010 e 2015. A indisponibilidade dos bens de cada foi definida cautelarmente e pelo prazo de um ano, para “garantir o integral ressarcimento do débito em apuração imputado a cada responsável”, declarou o TCU.Trata-se de uma cobrança “solidária” do TCU, ou seja, o ressarcimento deverá ser dividido entre cada um dos citados no processo. O tribunal deu prazo de 15 dias para que cada um se pronuncie a respeito da medida cautelar. Os acusados têm prazo de 30 dias para apresentar alegações ou recolher os valores indicados.
“As empresas devem responder solidariamente pelo débito porque concorreram para os prejuízos sofridos pela Petrobras quer pela prática de cartel quer pela prática de preços excessivos frente ao mercado”, declarou o ministro relator Benjamim Zymler.