metropoles.com

Supremo confirma, por unanimidade, Cunha como réu na Lava Jato

Na quarta-feira (2/3), seis ministros manifestaram o voto nesse sentido. Nesta quinta (3), outros quatro ratificaram a decisão. Relator do caso, o ministro Teori Zavascki afirmou que havia “indícios robustos” para receber parte da denúncia contra o presidente da Câmara

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Daniel Ferreira/Metrópoles
Plenário STF
1 de 1 Plenário STF - Foto: Daniel Ferreira/Metrópoles

O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu nesta quinta-feira (3/3) abrir ação penal contra o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e a ex-deputada federal e atual prefeita de Rio Bonito (RJ), Solange Almeida, pelos crimes de corrupção.  Com a decisão, Cunha passa à condição de primeiro réu nas investigações da Operação Lava Jato que tramitam na Corte.

A votação, que começou na sessão de ontem (2), foi unânime (10 votos a 0) quanto às acusações contra o presidente da Câmara. Os ministros Gilmar Mendes e Dias Toffoli, além de votar pelo recebimento da denúncia contra Cunha, votaram pela rejeição da denúncia contra Solange Almeida (8 votos a 2). Seguiram o relator, Teori Zavascki, pelo recebimento da acusações conta Cunha os ministros Edson Fachin, Luís Roberto Barroso, Marco Aurélio, Cármen Lúcia, Rosa Weber, Dias Toffoli, Gilmar Mendes, Celso de Mello e Ricardo Lewandowski.

A partir de agora, o processo criminal contra Cunha e a prefeita de Rio Bonito, que é aliada do presidente da Câmara, passa para fase de oitivas de testemunhas de defesa e de acusação. Não há data para que a ação penal seja julgada, quando será decidido se o parlamentar e Solange Almeida serão condenados e presos.

O ministro Luiz Fux não participou da votação porque está em viagem oficial a Portugal.

Relator do caso, o ministro Teori Zavascki proferiu o seu voto afirmando que havia “indícios robustos” para receber parte da denúncia apresentada pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot. Cinco outros integrantes da Corte decidiram já manifestar que iriam seguir o mesmo entendimento do relator, mesmo após o presidente do STF, Ricardo Lewandowski, ter afirmado que o julgamento se encerraria depois de Zavascki proferir o seu voto

Além de Lewandowiski, faltam votar sobre a questão os ministros Gilmar Mendes, Dias Toffoli, Celso de Mello. Luiz Fux está em viagem fora do País e não deve participar do julgamento. Caso a posição já tomada pela maioria do Supremo se confirme, Cunha vai ser o primeiro político a virar réu no curso das investigações do esquema de corrupção da Petrobras.

Após esse desfecho, o STF terá que deliberar sobre outro pedido feito pela Procuradoria-Geral da República em relação ao peemedebista: o afastamento dele da presidência da Câmara. Janot acusa Cunha de usar o cargo para atrapalhar as investigações. Esse, porém, é um tema sensível para os ministros da Corte, que preferiam que o assunto fosse resolvido pela própria Câmara, não pelo Supremo.

Zavascki, porém, fez um comentário enquanto proferia o seu voto nesta quarta que não passou despercebido por quem acompanhou a sessão. Em um certo momento, ele afirmou que deixou de seguir o princípio da harmonia entre os poderes e optou por pedir dados da investigação a uma diretoria da Câmara, e não ao presidente da Casa, porque Cunha era alvo de investigação. “A que ponto chegamos”, exclamou o ministro Marco Aurélio Mello quando ouviu o relato.

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?