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STF manda soltar o procurador Ângelo Goulart e o advogado Willer Tomaz

Os dois são acusados de receber mesada de R$ 50 mil do empresário Joesley Batista, da JBS

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1 de 1 tomaz - Foto: VALTER ZICA/OAB-DF

O Supremo Tribunal Federal (STF) mandou soltar o procurador da República Ângelo Goulart e o advogado Willer Tomaz, nesta terça-feira (1º/8). Os dois são acusados de receber mesada de R$ 50 mil do empresário Joesley Batista, da JBS. Em troca de informações sigilosas da Operação Greenfield – investigação sobre rombo bilionário nos maiores fundos de pensão do País. Goulart foi preso no dia 18 de maio na Operação Patmos.

O resultado deu empate na votação da Segunda Turma da Corte máxima. Empate beneficia o réu. Votaram pela manutenção da prisão do procurador e do advogado os ministros Edson Fachin, relator da Operação Lava Jato no Supremo, e Celso de Mello, o decano. Votaram pela soltura dos acusados os ministros Ricardo Lewandowski e Gilmar Mendes.

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Procurador Ângelo Goulart <i>(à direita),</i> fotografado por Joesley, ao lado do advogado Willer Tomaz, também preso pela PF na Operação Patmos
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Willer Tomaz: em nove anos de atividade profissional, o advogado colecionou agenda de clientes de renome e patrimônio notável

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Procurador Ângelo Goulart (à direita), fotografado por Joesley, ao lado do advogado Willer Tomaz, também preso pela PF na Operação Patmos

Delação JBS/Reprodução

Entenda o caso
De acordo com o MPF, Willer Tomaz usou de sua relação com o procurador da República Ângelo Goulart Villela, integrante da força-tarefa da Greenfield, para obter informações sigilosas sobre a operação e repassar a seus clientes. Ângelo chegou a gravar ilegalmente depoimentos prestados por colaboradores da Justiça. Pelas informações apuradas, o advogado pagava R$ 50 mil mensais ao procurador. Os dois estão presos no Batalhão da Polícia Militar na Penitenciária da Papuda

No entendimento do subprocurador-geral da República Rogério de Paiva Navarro, ainda que Willer Tomaz tenha bons antecedentes, residência fixa e seja réu primário, sua liberdade causaria transtorno à ordem social. A relação entre o advogado e o procurador “não se tratava de mera casualidade ou amizade destituída do interesse na obtenção de vantagens ilícitas, mas estava calcada em um vínculo permanente, prévio e forte, a ponto de Willer Tomaz deter informações acerca de atos futuros do senhor procurador-geral da República.” (Com informações da Agência Estado)

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