STF homologa delação premiada de Delcídio
No acordo para contar o que sabe em troca de redução de pena, o senador petista citou várias vezes o nome do ex-presidente Lula e da presidente Dilma Rousseff
atualizado
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O ministro Teori Zavascki, relator da Operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), homologou nesta terça-feira (15/3), a delação premiada do senador Delcídio Amaral (PT-MS). O ministro também abriu o sigilo dos autos.
O ex-líder do governo firmou o acordo com a Procuradoria-Geral da República para colaborar com as investigações e fez acusações contra a presidente Dilma Rousseff e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Delcídio deixou a prisão em 19 de fevereiro, após ter ficado quase três meses na cadeia acusado de tentar obstruir as investigações da Operação Lava Jato.
Na delação, Delcídio também afirma que Dilma sabia do superfaturamento na compra da refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos. Na época, a petista era presidente do Conselho de Administração da Petrobras.
Sobre Lula, o senador disse que partiu do ex-presidente a ordem para que ele tentasse convencer o ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró, preso na Lava Jato, a não implicar José Carlos Bumlai numa eventual delação premiada.
Prisão
Delcídio foi preso em novembro do ano passado sob acusação de tentar promover a fuga de Cerveró do País. O filho de Cerveró, Bernardo, entregou ao Ministério Público uma gravação sobre o suposto plano.
No acordo, o ex-líder do governo no Senado também cita irregularidades envolvendo parte da bancada do PMDB na Casa, além de representantes da oposição, como o senador e presidente nacional do PSDB, Aécio Neves (MG).
No caso dos peemedebistas, os nomes mencionados foram do presidente do Senado, Renan Calheiros (AL), e de seu grupo mais próximo, formado pelos senadores Romero Jucá (RR), Edison Lobão (MA), Jader Barbalho (PA), Eunício Oliveira (CE) e Valdir Raupp (RR).