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MPF denuncia Cunha e Alves por corrupção e lavagem de dinheiro

Segundo a denúncia, os ex-presidentes da Câmara dos Deputados receberam vantagens indevidas por meio de doações eleitorais

atualizado

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Eduardo Cunha
1 de 1 Eduardo Cunha - Foto: Daniel Ferreira/Metrópoles

O Ministério Público Federal (MPF) do Rio Grande do Norte denunciou os ex-presidentes da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha e Henrique Eduardo Alves, ambos do PMDB, por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Para o MPF, entre o parlamentar cassado e o ex-ministro dos governos Dilma Rousseff (PT) e Michel Temer (PMDB) havia uma “verdadeira sociedade ilícita ou parceria criminosa”. Cunha e Alves estão presos.

Segundo a denúncia, entregue nesta terça-feira (20/6), à Justiça Federal, os dois ex-deputados, entre 2012 e 2014, solicitaram e receberam vantagens indevidas por meio de doações eleitorais, oficiais e não oficiais, “em razão da atuação política e parlamentar de ambos em favor dos interesses de empreiteiras”.

Os ex-parlamentares são acusados de receber, juntos, pelo menos R$ 11,5 milhões em propinas de empreiteiras. Além disso, mais de R$ 4 milhões teriam sido repassados a dois clubes de futebol a pedido de Alves.

Também foram denunciados o ex-presidente da OAS Léo Pinheiro e o executivo da Odebrecht Fernando Ayres por corrupção ativa e lavagem de dinheiro; e o empresário e ex-secretário de Obras de Natal Carlos Frederico Queiroz Batista da Silva, conhecido como Fred Queiroz, e o empresário Arturo Silveira Dias de Arruda Câmara, sócio da Art&C Marketing Político Ltda, por lavagem de dinheiro e organização criminosa.

Eles eram alvo da Operação Manus, desdobramento da Lava Jato deflagrado no último dia 6 de junho, que expediu mandados de prisão contra Alves e Cunha. Alves foi preso pela Polícia Federal em casa, em Natal, e está atualmente na Academia de Polícia Militar do Rio Grande do Norte. Já Cunha está custodiado no Complexo Médico Penal do Paraná.

A denúncia apresentada pelo MPF tem 88 páginas. Nela, os procuradores afirmam que uma das estratégia dos ex-deputados era disfarçar a propina por meio de doação. “O repasse de propina por meio de doação eleitoral disfarçada de seu real propósito consistiu em estratégia de dissimulação da origem ilícita dos valores, provenientes de crime de corrupção”, diz a denúncia.

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