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Jovem formada em direito na UnB é encontrada morta na Chapada

Ariadne Wojcik relatou que se sentia ameaçada por um ex-professor e procurador do DF horas antes de morrer em parque de Mato Grosso

atualizado

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1 de 1 ariadne - Foto: Facebook/Reprodução

O corpo de uma jovem foi encontrado no início da tarde desta quarta-feira (9/11), no mirante da Chapada dos Guimarães, a cerca de 65 quilômetros de Cuiabá (MT). Segundo a polícia, a vítima é Ariadne Wojcik, 25 anos, recém-formada em direito pela Universidade de Brasília (UnB).

Com a ajuda de um helicóptero, policiais e bombeiros iniciaram as buscas após serem contatados pela família dela. Ariadne foi achada às 15h, mas apenas às 17h os militares conseguiram resgatar o corpo por causa da chuva. No local, também estava a bolsa com os documentos dela.

PMMT/Divulgação
Helicóptero da polícia de Mato Grosso faz o resgate do corpo da jovem

 

Horas antes de o corpo ser encotrado, a moça publicou uma postagem no Facebook que assustou amigos e parentes. No texto, ela afirma que sofreu abuso por parte de um dos professores da UnB, que também é procurador do DF. No texto, ela diz: “Pensei em um 100 números de ‘saídas’, mas fica difícil quando se é vítima de uma mente brilhantemente psicopática e narcisista determinada”.

No post divulgado no Facebook, a jovem relata o drama e diz que passou a sofrer depois que começou a trabalhar no escritório de advocacia do professor, na Asa Sul. Ariadne narra um suposto assédio do chefe.

Mensagens e presentes
Segundo Ariadne, o procurador começou a mandar mensagens e presentes, e a situação piorou após o homem se divorciar, pois passou a monitorá-la. “Ele sabia a hora que eu pisava em casa, sabia as expressões que eu só usava com meus melhores amigos nas conversas de WhatsApp, sabia onde eu morava, sabia que eu tinha adotado um cachorro, sabia tudo.”

Após algum tempo nessa situação, Ariadne decidiu se mudar para Cuiabá, onde trabalharia no Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT). No entanto, depois de conseguir se afastar do ex-chefe, ele teria voltado a procurá-la.

No fim do post, Ariadne relata que não aguentava mais a situação, diz que “desistiu de tudo” e pede “perdão” à família e aos amigos. “Que na próxima reencarnação eu possa fazer uso de todo o aprendizado que isso me trouxe, mesmo com tanta dor e sofrimento.”

Veja o post:

Mãe embarca para Cuiabá
A mãe de Ariadne, Marlova Schmaedecke, embarcou na noite desta quarta para Cuiabá. Ao Metrópoles, ela disse que estava muito abalada e que não comentaria o caso.

As circunstâncias da morte são investigadas pela Delegacia Municipal da Chapada dos Guimarães. Até a última atualização desta matéria, a reportagem não havia conseguido contato com o delegado responsável pelo caso.

Colaboraram Carlos Carone, Ataíde de Almeida Jr, Gabriela de Almeida e Yza Rangel

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