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Japonês da PF virou máscara de carnaval

Em 2015, ele havia sido homenageado com uma marchinha e um boneco de Olinda que serão exibidos na festa de Momo em fevereiro próximo

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PAULO CAMPOS/ESTADÃO CONTEÚDO
carnaval máscara japonês da PF
1 de 1 carnaval máscara japonês da PF - Foto: PAULO CAMPOS/ESTADÃO CONTEÚDO

O japonês da PF agora é também máscara de carnaval. Figura presente na escolta dos maiores alvos da Operação Lava Jato em Curitiba, entre políticos e empreiteiros, o agente da Polícia Federal Newton Ishii virou celebridade nas redes sociais Em 2015, ele havia sido homenageado com uma marchinha e um boneco de Olinda que serão exibidos na festa de Momo em fevereiro próximo.

“O japonês aparece cada vez que alguém que vai para a prisão, é parte de toda essa Lava Jato. Tínhamos que ter ele”, conta Olga Valles, dona da fábrica Condal, que produz máscaras desde 1958. “Hoje foi feito o protótipo da máscara dele. A primeira tiragem deve ficar entre 60 e 120 peças.”

A máscara do rosto de Ishii será vendida em dois modelos, com e sem óculos.

Olga Valles explica que o carro-chefe da fábrica não são as máscaras de políticos. “Não é o que dá nosso lucro, que vem com máscara de macaco, monstros, fantasias. A parte de políticos, meu marido adorava. Ele começou a fazer após a ditadura”, diz.

Na época, a fábrica fez máscaras de Ulysses Guimarães e de Tancredo Neves. “Procuramos retratar um pouco a política brasileira através das máscaras.”

Sucesso
O maior sucesso dos últimos anos, ela afirma, foi a máscara do ex-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) Joaquim Barbosa. No carnaval de 2013, foram vendidas 15 mil peças.

“O que acontece é que os políticos são uma caixinha de surpresa. Você não sabe se o público vai gostar ou não. É complicado, tem político que vende muito e outro que não vende nada”, afirma Olga Valles.

As máscaras do ex-presidente Lula, do ex-ditador Saddam Hussein e do terrorista Osama bin Laden estão na lista das bem vendidas. Já a venda das máscaras da presidente Dilma e do presidente da Câmara, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), têm sido “pouco expressivas”.

Para este ano, há ainda a máscara do senador Delcídio Amaral (PT/MS). Em novembro de 2015, o ex-líder do governo no Senado foi preso sob acusação de tramar contra a Operação Lava Jato.

“Os políticos estão desacreditados, mas o mercado está bem desaquecido. Passamos um ano de 2015 horrível. Vamos ver esse ano”, diz Olga Valles.

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