Funaro ficará até o próximo dia 28 na carceragem da PF em Brasília
Apontado como operador financeiro do PMDB, o corretor está preso em Brasília desde julho do ano passado
atualizado
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O juiz Vallisney de Souza Oliveira, da 10ª Vara Federal de Brasília, atendeu a um pedido do Ministério Público Federal (MPF) e prorrogou até a sexta-feira da próxima semana, dia 28, a permanência do corretor Lúcio Bolonha Funaro na carceragem da Polícia Federal em Brasília.
Preso na Operação Sépsis em julho de 2016 e apontado como operador financeiro do PMDB, Funaro foi transferido do Complexo da Papuda, na capital federal, para a PF, para poder preparar os anexos da proposta de delação que negocia com a Procuradoria-Geral da República (PGR).
Ao requerer a prorrogação, o MPF apontou “a necessidade de se colher novos esclarecimentos a respeito de fatos decorrentes das operações conduzidas por este Ministério Público (Operações Sépsis e Cui Bono?).”A reportagem apurou que entre os principais alvos da delação de Funaro estão os integrantes do grupo político do PMDB da Câmara dos Deputados. São citados o presidente Michel Temer (PMDB), os ex-ministros Geddel Vieira Lima e Henrique Eduardo Alves, além do ex-presidente da Câmara e deputado cassado Eduardo Cunha, todos do PMDB. Outro alvo será o ministro Moreira Franco (Secretaria-Geral). Além dos políticos, empresários como Joesley Batista, da JBS, e João Queiroz, da Hypermarcas, terão seus nomes abarcados nos anexos.
Desde a revelação do acordo de colaboração dos executivos da JBS, na qual Funaro foi apontado por Joesley como operador financeiro do PMDB da Câmara, partido de Temer, o corretor voltou a negociar uma delação. Antes, havia interrompido as conversas com os investigadores por causa dos pagamentos que recebia do grupo J&F, controlador da JBS.
Nas últimas semanas, enquanto participava das audiências do processo da Operação Sépsis, na Justiça Federal de Brasília, Funaro vinha escrevendo em um computador e em um caderno espiral os resumos do que entregará no acordo de colaboração.