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FHC admite ter firmado contrato com Brasif, empresa apontada por Mirian Dutra

Também foi confirmado que a irmã da jornalista, Margrit Dutra Schmidt, trabalha de forma irregular no gabinete do senador José Serra

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Tânia Rêgo/Agência Brasil
Fernando Henrique Cardoso FHC
1 de 1 Fernando Henrique Cardoso FHC - Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) afirmou nessa quinta (18/2), existir um contrato feito “há mais de 13 anos” com a Brasif S.A. Exportação e Importação, empresa que, segundo a jornalista Mirian Dutra – com quem o tucano teve um relacionamento extraconjugal nos anos 1990 –, foi usada para repassar uma mesada de US$ 3.000 a ela entre dezembro de 2002 e dezembro de 2006. O tucano, no entanto, disse não ter condições de se manifestar sobre os detalhes até que a empresa preste esclarecimentos sobre o assunto.

Mirian afirmou ao jornal Folha de S.Paulo que um contrato fictício de trabalho com a Brasif era usado para repassar a mesada. A empresa foi concessionária das lojas duty free nos aeroportos brasileiros nos anos 1990 e atualmente atua em diversos segmentos. “Desconheço detalhes da vida profissional de Mirian Dutra. Com referência à empresa citada no noticiário de hoje (ontem), trata-se de um contrato feito há mais de 13 anos, sobre o qual não tenho condições de me manifestar enquanto a referida empresa não fizer os esclarecimentos que considerar necessários”, disse o ex-presidente.

Fernando Henrique afirmou que os recursos destinados à jornalista “provieram de rendas legítimas” do seu trabalho. “Depositadas em contas legais e declaradas ao IR, mantidas no Banco do Brasil em NY/ Miami ou no Novo Banco, Madri, quando não em bancos no Brasil.”

Segundo Mirian, que na ocasião era funcionária da TV Globo, o contrato previa que ela fizesse análise de mercado em lojas convencionais e de duty free. Mirian admitiu ao jornal, porém, que nunca esteve em uma loja para trabalhar. De acordo com ela, o contrato era um meio para receber dinheiro de FHC e ajudar a sustentar o filho dela, Tomás Dutra.

DNA
Em sua nota, o ex-presidente também diz que sempre ajudou Tomás, apesar de os testes de DNA não terem reconhecido sua paternidade “Sempre me dispus a fazer qualquer outro teste que os interessados julgassem conveniente. A despeito disso, procurei manter as mesmas relações afetivas e materiais com o Tomás.”

O ex-presidente também relata que continuou a pagar a matrícula e sustento de Tomás em uma “prestigiada universidade americana”. “Da mesma forma, doei mais recentemente um apartamento a ele em Barcelona, bem como alguns recursos para fazer os estudos de mestrado e, quando possível, atendo-o nas necessidades afetivas”. Ao jornal, o ex-presidente havia negado ter enviado dinheiro para Mirian Dutra por meio da empresa.

Procurada pelo jornal O Estado de S.Paulo, a empresa Brasif não se manifestou até a conclusão desta edição.

Por meio de nota, a TV Globo informou que “jamais foi avisada” pela jornalista de supostos contratos fictícios que a profissional teria firmado com Brasif.

Contrato. Mirian afirmou ainda na entrevista que começou a receber a ajuda financeira em 2002, quando seu contrato com a TV Globo foi alterado e sua remuneração diminuída.

A emissora disse no comunicado que revisou o contrato da “remuneradora” em 2004, não em 2002, “tudo segundo a lei vigente no país em que trabalhava (Espanha)”.

A jornalista havia tratado da relação com FHC também em entrevista à edição deste mês da revista BrazilcomZ, publicada na Espanha.

José Serra
A irmã da jornalista Mirian Dutra, Margrit Dutra Schmidt, trabalha de forma irregular no gabinete do senador José Serra (PSDB-SP). Pelas regras do Senado, ela teria de cumprir o horário de nove horas diárias na Casa. Contudo, o próprio gabinete do tucano confirmou que ela não registrava presença no local. “Ela trabalha para o senador como consultora. Ele solicita trabalhos e ela produz”, disse o chefe de gabinete de Serra, Marcos Köhler.

Margrit ocupa o cargo em comissão de assistente parlamentar júnior, com remuneração básica de R$ 9.456,13 e salário líquido de R$ 7.353,14 em dezembro de 2015, segundo consta no portal de transparência do Senado. Köhler, porém, não explicou por que não foi formalizada a dispensa de ponto de Margrit, procedimento estabelecido no Senado em 2009. Serra não se manifestou até a conclusão desta edição.

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