Quase metade dos jovens do Brasil desconhece MP que muda ensino médio
É o que revela pesquisa feita pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) sobre educação profissional
atualizado
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Quase a metade dos jovens brasileiros desconhece as mudanças no ensino médio propostas pelo governo federal. É o que revela pesquisa feita pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai). Entre os entrevistados, 53,2% afirmaram saber o conteúdo da medida provisória enviada ao Congresso. O conhecimento é maior no Sul (65,7%) e menor no Nordeste (45,9%). Os alunos de escolas particulares (61,4%) se dizem mais informados do que os de instituições públicas (52%).
Entre os jovens que se dizem informados da reforma, 65,3% aprovam a inclusão do curso técnico como um dos caminhos de aprofundamento de formação para os alunos do ensino médio. Apenas 26,5% dos entrevistados se dizem contrários a essa mudança, 6% disseram não ser nem a favor nem contrários e 2% não souberam responder.
A aprovação à inclusão do curso técnico no ensino médio é maior entre moradores da região Sul (68,2%) e menor no Nordeste (63,9%); ligeiramente mais alta entre alunos de escolas particulares (69,3%) do que nas públicas (64,6%) e entre os próprios estudantes do ensino médio (67,2%) do que entre os jovens que cursam o ensino fundamental (63,2%).
Educação profissional
A pesquisa revelou, ainda, a importância dos cursos técnicos para os jovens brasileiros. De acordo com o levantamento, 72,4% dos 2.002 pesquisados, com idade entre 13 e 18 anos, citam pontos positivos desse tipo de formação, entre os quais ser um bom começo na carreira profissional, ter boa aceitação no mercado de trabalho e preparar melhor para o mercado.
Entre os que já fizeram cursos de educação profissional ou pretendem fazê-lo, 76,1% atribuíram grande relevância dessa formação para conseguir o primeiro emprego. O percentual sobe para 79,5% quando perguntados sobre a importância para o futuro da carreira.
“O jovem pode usar o ensino técnico para iniciar um projeto de vida com uma profissão já definida e com a possibilidade de uma carreira de sucesso. É uma grande oportunidade para o jovem brasileiro”, explica o diretor-geral do Senai, Rafael Lucchesi, que também é diretor de Educação e Tecnologia da Confederação Nacional da Indústria (CNI).
Os jovens foram entrevistados entre os dias 8 e 18 de outubro, em suas residências, em todas as regiões do país. A margem de erro do levantamento é de 2%, com intervalo de confiança de 95%.
