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Taxa de desemprego vai para 9%. Já são 9 milhões de pessoas desocupadas

A renda média real do trabalhador foi de R$ 1.895 trimestre até outubro de 2015. O resultado representa queda de 1,0% em relação a igual período de 2014

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Marcos Santos/USP Imagens Carteira de trabalho
Marcos Santos/USP Imagens Carteira de trabalho
1 de 1 Marcos Santos/USP Imagens Carteira de trabalho - Foto: Marcos Santos/USP Imagens Carteira de trabalho

A taxa de desocupação no Brasil ficou em 9,0% no trimestre até outubro de 2015, de acordo com dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua divulgados na manhã desta sexta-feira (15/1), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Trata-se do maior resultado da série, iniciada em janeiro de 2012.

O resultado ficou dentro do intervalo das estimativas dos analistas ouvidos pelo AE Projeções, que esperavam taxa entre 8,90% e 9,50%, com mediana de 9,00%. Entre agosto e outubro de 2014, a taxa de desemprego medida pela Pnad Contínua ficou em 6,6%.

A renda média real do trabalhador foi de R$ 1.895 trimestre até outubro de 2015. O resultado representa queda de 1,0% em relação a igual período de 2014. Na comparação com o trimestre até julho, feita para que não haja repetição das informações coletadas (a cada mês o IBGE visita 33% dos domicílios da amostra), houve recuo de 0,7% na renda média real.

A massa de renda real habitual paga aos ocupados somou R$ 169,6 bilhões no trimestre até outubro de 2015, queda de 1,2% ante igual período de 2014 e recuo de 0,3% ante o trimestre até julho de 2015.

Fila
A fila de desemprego continua crescendo no País, segundo os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua. No trimestre até outubro de 2015, um total de 2,513 milhões de pessoas passaram a buscar uma vaga, alta de 38,3% em relação a igual período de 2014.

O avanço é o maior já verificado na série histórica da pesquisa, iniciada em 2012. Com esse movimento, o Brasil tinha, no trimestre até outubro do ano passado, 9 milhões de desempregados.

A força de trabalho, de acordo com o IBGE, aumentou 2,2% na mesma base de comparação, o que significa 2,227 milhões de pessoas a mais em atividade. Já o número de indivíduos que estão fora da força de trabalho (ou seja, inativos) caiu 0,4% em relação ao trimestre até outubro de 2014, com 268 mil pessoas a menos nessa condição.

Carteira assinada
O número de trabalhadores com carteira assinada no setor privado diminuiu 3,2% no trimestre até outubro de 2015 em relação a igual período de 2014, segundo dados da Pnad Contínua. Com isso, 1,184 milhão de pessoas perderam o emprego formal no período.

O contingente de trabalhadores sem carteira assinada no setor privado também caiu, apontou o IBGE. O recuo foi de 2,1% na mesma base de comparação, ou 214 mil pessoas a menos.

O número de trabalhadores por conta própria, por sua vez, avançou 4,2% no trimestre até outubro ante igual período de 2014 Isso significa que 913 mil pessoas ingressaram nessa modalidade de trabalho, caracterizada, em sua maioria, pela informalidade. O número de empregadores também aumentou 5,7% no período, com 219 mil pessoas a mais nessa condição.

O contingente de empregados no setor público diminuiu 1,3% no trimestre até outubro em relação a igual período de 2014, o que significa 151 mil pessoas a menos, segundo o IBGE.

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