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Consumo de energia cai 4,4% em novembro, a maior queda mensal em 2015

Porém, o segmento que registrou a maior queda foi a indústria, com um recuo no consumo de 8,9% em novembro ante novembro do ano anterior

atualizado

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Energia elétrica
1 de 1 Energia elétrica - Foto: Daniel Ferreira/Metrópoles

O consumo de energia no País caiu 4,4% em novembro, registrando a maior queda mensal em 2015 e refletindo a desaceleração econômica e o efeito do forte reajuste tarifário ao longo do ano. O segmento que registrou a maior queda foi a indústria, com um recuo no consumo de 8,9% em novembro ante novembro do ano anterior, conforme balanço divulgado na manhã desta segunda-feira (4/1), pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE).

Todos os dez segmentos industriais registraram queda no consumo pela primeira vez no ano. Também houve recuo no consumo nas categorias residencial (2,2%) e comercial (2,6%), esta última também a pior retração do ano. Ao todo, o consumo de energia no País totalizou 39.128 GWh em novembro, segundo a EPE.

Na indústria, as principais quedas foram observadas nas regiões Sudeste (-10,0%) e Nordeste (-12,9%), com destaque para o segmento de extração de minerais metálicos. No Espírito Santo, a atividade reduziu o consumo de energia em mais de 40% em novembro. Em Minas, a redução ficou em 0,7%. De acordo com a EPE, a queda deve-se ao “desastre ambiental de Mariana que paralisou a produção de algumas unidades extrativas”.

A empresa também destacou que a queda está relacionada ao “mercado interno enfraquecido, principalmente dos principais demandantes de aço do País, que incluem a indústria automobilística, de bens de capital, eletrodomésticos e construção civil”. As “incertezas no cenário de curto prazo” também são apontadas como fatores para a redução no consumo de energia no comércio, que retraiu 2,6% em novembro do último ano.

Por regiões
As principais regiões em queda foram o Sul, com 11,1%, e o Sudeste, com retração de 2,4% no consumo de energia. Na contramão, as regiões Norte (8,4%), Nordeste (0,9%) e Centro-Oeste (0,6%) registraram alta no consumo.

Ainda assim, a EPE destaca que “A conjuntura econômica desfavorável, caracterizada pelos juros elevados, piora do mercado de trabalho, crédito restrito e inflação vem influenciando de modo significativo a confiança e o poder de compra consumidor e, consequentemente, o desempenho do consumo de eletricidade da classe comercial”.

A queda no consumo de energia doméstica foi de 2,2% em novembro, na comparação com o mesmo mês de 2014. É o sétimo recuo consecutivo neste ano, e o maior para o mês de novembro em 12 anos – puxado, sobretudo pelas regiões Sudeste e Sul, com queda de 4,8% e 9,4% respectivamente. No Nordeste, o consumo cresceu 0,7% em novembro. Norte (17%) e Centro Oeste (4,5%) também registraram altas, devido ao forte calor no período e a expansão da base de consumidores.

Somente em São Paulo, que representa quase 30% de todo o consumo residencial do País, a redução chegou a 7,1%. “O desempenho da classe residencial, especialmente no Sudeste e no Sul, pode ser atribuído aos reajustes da tarifa de energia elétrica, como vem sendo apontado nas edições desta Resenha, e à piora no mercado de trabalho observada nos últimos meses”, avalia a EPE.

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