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Desemprego aumenta 27% em um ano e atinge recorde: 14,2 milhões

Pesquisa do IBGE aponta que há mais 3,08 milhões de desempregados no primeiro trimestre deste ano em relação ao mesmo período de 2016

atualizado

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O Brasil registrou novo patamar recorde de 14,2 milhões de pessoas desempregadas no trimestre encerrado em março de 2017, dentro da série histórica da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), iniciada no primeiro trimestre de 2012 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O resultado divulgado nesta sexta-feira (28/4) revela que são mais 3,08 milhões de desempregados no país em relação há um ano, o que representa um aumento de 27,8%. Ao mesmo tempo, o total de ocupados caiu 1,9% no período de um ano, o equivalente ao fechamento de 1,69 milhão de postos de trabalho.

Como consequência, a taxa de desemprego passou de 10,9% entre janeiro e março de 2016 para 13,7% no primeiro trimestre de 2017 — também a mais alta já registrada na série histórica da pesquisa.

A taxa de desemprego só não foi mais elevada porque 574 mil brasileiros migraram para a inatividade no período de um ano. O aumento na população que está fora da força de trabalho foi de 0,9% no trimestre encerrado em março ante o mesmo período de 2016.

O nível da ocupação, que mede o percentual de pessoas ocupadas na população em idade de trabalhar, foi estimado em 53,1% no trimestre até março, o mais baixo de toda a série histórica.

Carteira assinada
O mercado de trabalho brasileiro perdeu 1,22 milhão de vagas com carteira assinada no período de um ano. O total de postos de trabalho formais no setor privado encolheu 3,5% no trimestre encerrado em março de 2017, ante o mesmo período do ano anterior, segundo os dados da Pnad Contínua.

O contingente de trabalhadores com carteira assinada no setor privado encolheu para 33,406 milhões de pessoas no trimestre até março, o menor patamar da série histórica da pesquisa.

Já o emprego sem carteira no setor privado teve aumento de 4,7%, com 461 mil empregados a mais. O total de empregadores cresceu 10,8% ante o trimestre encerrado em março de 2016, com 403 mil pessoas a mais. O trabalho por conta própria encolheu 4,6% no período, com 1,07 milhão de pessoas a menos nessa condição.

Houve redução ainda de 162 mil indivíduos na condição do trabalhador doméstico, 2,6% de ocupados a menos nessa função. A condição de trabalhador familiar auxiliar cresceu 0,5%, com 10 mil ocupados a mais.

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