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TV 4K: Preço de equipamentos cai e atiça desejo de consumidores

Já é possível encontrar modelos abaixo dos R$ 2 mil. Tecnologia oferece resolução quatro vezes superior aos aparelhos Full HD

atualizado

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Samsung/Divulgação
Samsung TV
1 de 1 Samsung TV - Foto: Samsung/Divulgação

Mesmo encantando com resolução muito superior às telas Full HD, os televisores 4K se mantiveram distantes dos consumidores desde que chegaram ao mercado nacional, há aproximadamente dois anos. A adoção da tecnologia em escala maior, porém, fez com que os custos com a produção dos televisores caíssem e, finalmente, se aproximassem da realidade da classe média. A expectativa do setor é de que, neste ano, os produtos se popularizem nas vitrines e, principalmente, nas salas dos brasileiros.

Segundo dados dos fabricantes, os equipamentos 4K representaram, em 2014, apenas 1% das vendas de televisores no país. No último ano, a taxa saltou para 3%. A expectativa para 2016 é de que os dispositivos abocanhem 10% do total comercializado pelo setor.

A perspectiva por um bom desempenho ignora a atual crise econômica e se sustenta, principalmente, na diminuição da diferença de preços entre os modelos com a nova tecnologia e os com resolução Full HD. Enquanto em 2014 o valor médio de um equipamento de 42 polegadas UHD (sigla para Ultra High Definition) girava na casa dos R$ 8 mil, hoje o mesmo aparelho sai por R$ 2 mil. Ok, ainda não é uma bagatela, mas os valores já se aproximam de um patamar que cabe no orçamento de consumidores entusiastas por últimas novidades.

No caminho inverso dos preços, o tamanho das telas cresce cada vez mais. Já é possível encontrar modelos de 55 e 60 polegadas por R$ 3 mil. Nada mal para quem cobrava até R$ 10 mil por TVs com essas dimensões.

De acordo com a consultoria IHS, até o fim de 2019, um terço dos televisores vendidos pelo mundo já será 4K. Quando falamos apenas dos modelos acima de 50 polegadas, a expectativa é de que eles sejam a maioria já no ano que vem.

TV grande, sala pequena
“Hoje, 50% dos modelos vendidos no portfólio da Samsung já são 4K”, calcula João Paulo Rezende, gerente de TV da marca. Segundo ele, ao contrário dos equipamentos Full HD, que exigem uma sala ampla para que o consumidor aproveite a experiência, os modelos Ultra HD permitem o uso de equipamentos maiores em ambientes menores. “A quantidade de pontos (pixels) é tão grande que dá uma real sensação de profundidade. É quase um 3D sem óculos”, compara.

Para se ter uma ideia, enquanto a geração passada oferecia imagens formadas em 1.920 colunas de pixels e 1.080 linhas, gerando aproximadamente 2 milhões de pontos, os modelos 4K permitem assistir cenas geradas em 3.840 colunas de pixels por 2.160 linhas, o equivalente a quatro vezes a resolução Full HD. “Mesmo que a TV não receba conteúdo criado em 4K, a tecnologia de upscaling permite melhorar bastante a imagem, aperfeiçoando o resultado final”, conta Rezende.

Quanto maior, melhor
A diversificação de tamanhos é uma das principais apostas das marcas para que a tecnologia vingue de vez. Além, é claro, das vantagens mais óbvias, como maior nitidez, detalhamento e contraste na imagem. A qualidade é tão boa que o telespectador pode chegar bem perto da tela sem notar os pixels que formam as imagens.

A diferença do 4K (para a geração atual) é evidente independentemente do tamanho da tela. Mas, é claro, quanto maior for o dispositivo, maior será a percepção de melhoria

Igor Krauniski, gerente de produto de TV da LG

Segundo ele, pela primeira vez na história, os fabricantes e os produtores de conteúdo se uniram em um grupo, a Ultra HD Alliance, que conta com 35 empresas, para definir padrões e os próximos passos que serão adotados pela tecnologia 4K.

Netflix/Divulgação
A Netflix já oferece conteúdo em Ultra HD

A oferta de conteúdo ainda é tímida, mas já é possível assistir filmes, séries e documentários em UHD em canais como Youtube, Netflix, Google Play e Globo TV. “Essas parcerias dão rigidez, relevância e aumentam o interesse do consumidor”, comenta Krauniski.

A interface importa
A nova geração de televisores inaugura também uma nova forma de interação entre consumidores e dispositivos. Com a popularização das chamadas smart TV, as fabricantes se esforçam para desenvolver sistemas operacionais mais intuitivos. “Navegabilidade, usabilidade e interface amigável fazem parte da demanda dos usuários, pois interferem diretamente na experiência”, explica Igor Krauniski, da LG. A marca embutiu em seus produtos o WebOS, uma plataforma mais clean e fácil de ser operada com o controle Magic Remote. Ele funciona como um mouse e aciona os comandos na tela por meio de um cursor.

Samsung/Divulgação
Tizen OS: Sistema da Samsung interage com outros dispositivos

A Samsung também criou um sistema próprio batizado de Tizen OS, baseado em uma plataforma baseada em Linux que permite ao consumidor interagir com relógios inteligentes, celulares e até geladeiras. “O formato é muito parecido com as plataformas utilizadas em smartphones, que já são facilmente dominadas pelos consumidores”, explica João Paulo Rezende, da Samsung. Sistemas como o Tizen OS e o WebOS são as apostas das companhias para a chamada casa conectada, onde vários equipamentos conversam entre si.

Fique atento na hora da compra

  • Sistema operacional
    Cada fabricante tem um sistema operacional próprio. Android TV, WebOS ou Tizen são os mais populares. Antes de comprar, invista tempo navegando entre os canais e veja o que mais lhe agrada.
  • Taxa de frequência
    Indica quantas vezes por segundo os frames da tela são atualizados. Se o aparelho tem uma frequência de 120Hz, isso significa que ele é capaz de reproduzir 120 quadros por segundo.
  • Conexões
    Atualmente, a maioria dos equipamentos de vídeos utilizam conexões HDMI, por isso, verifique se o modelo conta com uma boa quantidade de entrada. Três, no mínimo.
  • 3D
    A tecnologia 3D não vingou e pode ser considerado um fracasso de vendas. Por isso, não se preocupe se o recurso não estiver incluso com a sua TV 4K.
  • Processador
    As TVs mais modernas precisam de chips potentes para carregar rapidamente os apps. Uma boa escolha são aquelas com processadores Quad Core.

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